Goiás está entre os estados com mais registros de pesquisas eleitorais em 2024, ano que serão disputadas as eleições municipais. O objetivo é checar a viabilidade e a disputa entre os possíveis candidatos.
Somente em Goiânia, o PL, partido do ex-presidente Bolsonaro, investiu R$ 34 mil para checar a aceitação do deputado Gustavo Gayer, que é pré-candidato à Prefeitura de Goiânia. A informação é do O Globo.
Conforme o último levantamento do Paraná pesquisas, para a prefeitura de Goiânia aparece a Delegada Adriana Accorsi com 22,1% das intenções de votos , seguido por Vanderlan Cardoso com 20,6%, Gustavo Gayer 19,7%, Rogério Cruz 7,4%, Jânio Darrot 2,9% e Leonardo Rizzo com 2,1%.
Aumento das pesquisas eleitorais
O número de pesquisas eleitorais registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), considerando todos os estados brasileiros, é o maior da série histórica, iniciada no ano de 2012.
Parte dos levantamentos é contratada pelos próprios partidos políticos, cujo objetivo é testar as possíveis candidaturas. Dentre todos, até o momento a sigla que mais gastou com pesquisas foi o PL, que investiu R$ 199 mil em municípios que pretendem disputar a prefeitura.
A segunda legenda está o PSD e apenas em cidades do interior do Piauí. O custo total foi de R$ 66,5 mil e cada levantamento variou entre R$ 3,5 mil a R$ 5,5 mil, financiados por meio do Fundo Partidário da sigla comandada por Gilberto Kassab.
Por sua vez, o PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, registrou apenas uma sondagem, em São João do Arraial, também no interior do Piauí.
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Os dados ainda mostram que quase metade, 500 (44,4%), foram autofinanciadas, sendo assim, pagas pela mesma empresa que realizou a sondagem. Em casos como esse, ao informar que realizaram o levantamento com verba própria, os responsáveis não precisam prestar contas sobre a origem do dinheiro, fator que ocasiona alerta em entidades e gera debate no Congresso.
Os números da Corte Eleitoral também mostram que essa modalidade já havia sido maioria em 2020, mas caiu na eleição seguinte, de 2022 (36%). Na época, a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep) chegou a pedir uma investigação sobre a proliferação de CNPJs que registravam pesquisas eleitorais bancadas pela própria empresa.
Projeto no Senado
A proibição de pesquisas autofinanciadas é um dos assuntos do projeto que trata do Código Eleitoral no qual o mesmo já foi aprovado na Câmara dos Deputados, mas ainda não houve a conformidade entre os parlamentares no Senado.
Em fevereiro, o TSE aprovou uma resolução para dar mais transparência às pesquisas autofinanciadas.
Já neste ano, as empresas são obrigadas a mandar à Corte o Demonstrativo de Resultado de Exercício (DRE) do ano anterior para comprovar que tem capacidade financeira para arcar os próprios levantamentos.
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