O deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil) admitiu ter financiado acampamentos golpistas montados em frente a quartéis após o resultado das Eleições Gerais de 2022.
A declaração foi feita pelo parlamentar na tribuna da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), na terça-feira (6/6), durante uma discussão com o deputado Mauro Rubem (PT).
Na ocasião, Amauri confessou ter auxiliado os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, financeiramente e também com suprimentos.
A fala do deputado ocorreu em protesto contra a prisão do ex-comandante da Rotam em Goiás, Coronel Benito Franco, pela Polícia Federal na Operação Lesa Pátria.
“A prisão do Coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem neste estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha na visão de vocês. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro. Eu acompanhei lá e também fiquei na porta porque sou patriota”.
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Acampamentos golpistas
Os acampamentos golpistas começaram a ser instalados em novembro de 2022, logo após o resultado das eleições que declarou a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No dia 8 de janeiro, vândalos invadiram a sede dos Três Poderes, em Brasília, e depredaram o local. Na ocasião, câmeras de segurança foram arrancadas, instalações quebradas, e a fiação exposta.
Os invasores chegaram a destruir parte do acervo artístico e arquitetônico que havia no palácio.
No dia 9 de janeiro, um dia após os ataques, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que os acampamentos fossem desmontados, além da prisão dos participantes na prática dos crimes.
Desde então, a Polícia Federal (PF) tem deflagrado operações para prender participantes dos ataques, inclusive financiadores.
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