A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (3/5), uma operação que investiga um suposto esquema de falsificação de cartão de vacina que forneceu registros fraudulentos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua filha, Laura.
Conforme divulgado pelo jornal O Globo, o esquema teria começado na cidade de Cabeceria de Goiás, cerca de 145 quilômetros de Brasília, com o preenchimento de um cartão de vacinação comum, em papel.
Suposta falsificação de cartão de vacina de Bolsonaro
▪️ A PF divulgou que a falsificação do cartão de vacinação de Jair Bolsonaro e sua filha Laura foi realizada com o objetivo de permitir que ambos entrassem nos Estados Unidos sem restrições.
▪️ Um médico de Cabeceiras de Goiás teria preenchido o cartão de vacina de Bolsonaro, sua filha Laura, do ajudante de ordens, Mauro Cid e sua esposa.
▪️ Em seguida, tentaram registrá-lo no sistema eletrônico do SUS na cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, para que o documento pudesse ser considerado oficial e válido em viagens internacionais, por exemplo.
▪️ Entretanto, a tentativa de registro do cartão de vacinação falsificado no SUS em Duque de Caxias foi mal sucedida, uma vez que o lote de vacinas informado pertencia a Goiás, e não ao Rio de Janeiro, resultando na rejeição das informações pelo sistema.
▪️ A investigação apontou, ainda, que a então primeira-dama, Michelle, recebeu a vacina nos Estados Unidos em setembro de 2021.
Bolsonaro nega adulteração no cartão de vacina
Ao deixar sua casa, em Brasília, Bolsonaro afirmou que não se vacinou contra a doença e negou qualquer adulteração em seu cartão de vacinação.
“O que eu tenho a dizer para vocês: eu não tomei a vacina. Nunca me foi pedido cartão de vacina em lugar nenhum. Não existe adulteração da minha parte”, disse Bolsonaro.
A residência do ex-presidente foi alvo de busca e apreensão da PF no âmbito da operação. O ex-presidente teve ainda seu celular apreendido pela PF nesta quarta-feira (3).