A Comissão Especial de Inquérito, que investiga supostas irregularidades na gestão da Companhia de Urbanização de Goiânia (CEI da Comurg), convocou os diretores administrativos e financeiros do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas) e da Comurg a prestarem depoimento.
De acordo com a assessoria de comunicação da Câmara Municipal de Goiânia, as oitivas serão realizadas na próxima segunda-feira (27/3), às 14 horas, no auditório da casa, onde Ricardo Pinheiro Dourado, do Imas e Adriano Renato Gouveia, da Comurg terão a oportunidade de prestar esclarecimentos à comissão.
Dessa forma, a comissão espera obter informações relevantes que colaborem com a apuração sobre possíveis irregularidades na Comurg.
Dentre as questões a serem investigadas, estão a falta de repasse financeiro da Comurg para o Imas, as dívidas da companhia com fornecedores e possíveis fraudes em contratos.
Déficit de mais de R$ 200 milhões nas contas da companhia é revelado pela CEI da Comurg
Na ocasião, Alisson Borges, presidente da empresa, que já foi ouvido em audiência anterior, reconheceu um déficit milionário de mais de R$ 200 milhões nas contas da Comurg, porém não conseguiu precisar o tamanho da dívida com o Imas e outras instituições.
O presidente da Comurg confirmou, ainda, que a companhia realizou pagamentos antecipados, com recursos de emendas parlamentares, por obras não concluídas.
De acordo com o presidente da CEI, o vereador Ronilson Reis (PMB), acredita-se que a investigação possa revelar mais informações sobre a situação financeira da Comurg e auxiliar na responsabilização dos envolvidos em eventuais irregularidades.
Entenda a instauração da CEI da Comurg
Após o pedido do vereador Ronilson Reis (PMB) e a aprovação pelo Plenário, a Câmara Municipal de Goiânia criou a CEI da Comurg para investigar possíveis irregularidades na gestão da companhia.
Durante a sessão plenária, o presidente da casa, vereador Romário Policarpo (Patriota) denunciou um pagamento antecipado de R$ 8 milhões feito pela Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Prefeitura de Goiânia à Comurg.
Ele afirmou que o contrato estabelecia um critério para a execução das obras, que não foi seguido pela Prefeitura, o que pode caracterizar um desvio de conduta e improbidade administrativa.