A Comissão Especial de Inquérito que investiga irregularidades na Companhia de Urbanização de Goiânia (CEI da Comurg) abriu um novo canal para receber denúncias sobre a companhia, que irá coletar informações sobre temas pertinentes ao inquérito, como repasses ao IMAS e INSS, obras inacabadas e má-prestação de serviços, além de denúncias de assédio moral por parte de diretores, que já que chegaram pelo Canal da Cidadania.
De acordo com o presidente da CEI, vereador Ronilson Reis (PMB), as denúncias de assédio moral serão encaminhadas ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para que sejam investigadas.
O Portal Dia entrou em contato com a Prefeitura de Goiânia e a Comurg para comentar o caso, mas até o fechamento desta matéria, não obteve retorno.
Além disso, nesta segunda-feira (20/3) começaram os trabalhos de investigação sobre possíveis irregularidades na Comurg. Neste primeiro momento, o foco deve ser os contratos de obras celebrados pela companhia, que não foram cumpridos. O vereador Ronilson Reis explica que, por estes documentos estarem mais acessíveis, no Portal da Transparência, a celeridade nas ações será maior.
As atividades relativas à CEI da Comurg ocorrem toda segunda, terça e quarta-feira, a partir das 14 horas, na Sala das Comissões da Câmara Municipal. Vale destacar que o inquérito é todo transmitido pela TV Câmara e aberta ao público.
Informações que possam contribuir com as investigações podem ser protocoladas no Canal da Cidadania; através do número de WhatsApp: 62 98111-0121 ou pelo e-mail: [email protected].
Entenda o motivo da instauração da CEI da Comurg
A Câmara Municipal de Goiânia instituiu a CEI da Comurg para investigar suspeitas de irregularidades na gestão da companhia, após o pedido feito pelo vereador Ronilson Reis (PMB) e aprovado pelo Plenário.
No dia 8 de março, durante a sessão plenária, o vereador Romário Policarpo (Patriota) denunciou um pagamento antecipado de R$ 8 milhões feito pela Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Prefeitura de Goiânia à Comurg.
Segundo o presidente da Câmara, o contrato assinado entre a SRI e a Comurg tinha como objetivo realizar obras através das emendas impositivas dos vereadores. No entanto, dois dias após a assinatura do contrato, a Prefeitura adiantou o pagamento sem que as obras tenham sido iniciadas, o que pode configurar improbidade administrativa.
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Além disso, o vereador afirmou que o adiantamento do pagamento em serviços públicos é proibido e que o contrato estabelecia que a Comurg iniciaria a execução das obras, seguida pela medição feita por fiscal da SRI, emissão da nota fiscal e posterior pagamento. Policarpo denunciou que a Prefeitura inverteu completamente esse critério, o que pode ser considerado um desvio de conduta.