O senador por Goiás Vanderlan Cardoso (PSD) defendeu o ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuello, na tarde desta quinta-feira (20/5), durante a audiência da CPI da Covid, no Senado Federal.
Vanderlan agradeceu o ex-ministro da saúde pelo que fez durante sua gestão. “A minha palavra é de gratidão ao senhor. Obrigado por ter salvado milhares de vidas”, disse à Pazuello.
O senador ainda elogiou o ex-ministro Eduardo Pazuello por, segundo dados que apresentou, ter distribuído quase 18 mil respiradores e entregue 25 usinas de oxigênio durante sua gestão. “Quero reconhecer e agradecer a vossa excelência, ministro Pazuello, pelo o que o senhor fez por este país, em especial ao meu Estado de Goiás, durante a pandemia do coronavírus.
De acordo com Vanderlan, que não é membro da CPI, os discursos feitos demonstram ingratidão. “Tem pessoas torcendo pelo vírus. Estamos perdendo tempo (com a CPI) e dinheiro discutindo cloroquina e antecipando eleições”, disse Vanderlan.
CPI da Covid: Pazuello diz que ministério não é responsável por falta de oxigênio no Amazonas
No seu segundo dia de depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado, nesta quinta-feira (20/5), o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello responsabilizou a empresa White Martins e a Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas pela falta de oxigênio hospitalar em Manaus.
O ex-ministro da Saúde voltou a negar qualquer culpa do governo federal no colapso da falta de oxigênio no Amazonas, em janeiro de 2021. “Da nossa parte, nós fomos muito proativos quando tomamos conhecimento.” Pazuello afirmou ainda que não coube ao Ministério da Saúde o encerramento das atividades do Hospital de Campanha Nilton Lins, em Manaus, aberto em abril e fechado em junho de 2020. “Tanto a abertura quanto o fechamento foram determinados pelo governador do Amazonas [Wilson Lima]”, respondeu.
Pazuello disse ainda que o governo federal chegou a discutir em uma reunião com ministros uma intervenção no Amazonas, mas a ideia não avançou após ouvirem o governador. “[A decisão de intervir] foi levada à reunião de ministros”, contou. “O governador se explicou e foi decidido pela não intervenção”, acrescentou.