O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, foi preso nesta segunda-feira, 10, em um desdobramento da Operação Lava Jato deflagrado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), por meio da Subprocuradoria-Geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos (SUBCDH/MP-RJ) e do Grupo de Atribuição Originária em Matéria Criminal (GAOCRIM/MP-RJ).
O chefe do Executivo da cidade fluminense foi denunciado à Justiça com o ex-secretário municipal de Obras do município Domício Mascarenhas de Andrade e mais três empresários do ramo de transporte público rodoviário.
Todos são acusados de integrar uma organização criminosa para a prática dos crimes de corrupção ativa e passiva. Segundo o Ministério Público, o esquema foi articulado para o recebimento de propina paga por empresários do setor aos agentes públicos da cidade.
De acordo com a investigação realizada pelo MP-RJ em parceria com a Polícia Civil, entre os anos de 2014 e 2018 foram desviados aproximadamente R$ 10,9 milhões dos cofres públicos para pagamentos ilegais.
A pedido do MP-RJ, o Tribunal de Justiça expediu, além de mandados de prisão preventiva, ordens de busca e apreensão contra os acusados. A Operação Alameda foi executada pela da Polícia Civil, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MP-RJ) e pela Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MP-RJ).
Além das residências dos acusados, as buscas alcançam também o gabinete do prefeito, as sedes de oito empresas de ônibus que prestam serviço no município, além de escritórios dos consórcios Transoceânico e Transnit, e do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (SETRERJ).
A ação é um desdobramento da Operação Lava Jato no âmbito da Justiça Estadual, após adesão do MPRJ aos termos e condições do acordo de colaboração premiada celebrado pelo empresário Marcelo Traça com o Ministério Público Federal e do compartilhamento de provas autorizado pelo Juízo da 7ª Vara Federal.