O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, afirmou nesta sexta-feira, 23, que a corrupção é uma “tradição que sempre pode retornar”. Apesar de figuras importantes hoje responderem por seus atos em um contexto sem precedentes na história, ele disse que há sempre o risco de a impunidade retornar.
“Aparentemente há um rompimento de impunidade, mas é uma tradição que sempre pode retornar”, disse Moro no encerramento do Simpósio Nacional de Combate à Corrupção, realizado pela FGV Direito, no Rio.
O ex-juiz da Lava Jato defendeu que os órgãos de controle e os órgãos de investigação que eventualmente assumem esse papel “atuem com independência” e garantiu que não irá interferir. “Qualquer ideia de interferência indevida não virá do ministério”, afirmou. “O papel do estado é dar a esses órgãos as condições de realizar essas investigações”, completou.
Ao responder a última pergunta do evento, o futuro ministro prometeu dar prioridade aos bancos de perfil genético que, segundo ele, não vinham sendo desenvolvidos por razões ideológicas. “É um sistema que existe em vários lugares, mas que não vinha sendo adequadamente tratado com base na suposição de que violava direitos fundamentais dos presos”, explicou.