A Câmara Municipal de São Paulo vai perder três vereadores eleitos em 2016. Com apenas metade do mandato cumprido, Conte Lopes (PP), David Soares (DEM) e Sâmia Bomfim (PSOL) conquistaram outros cargos nestas eleições 2018. A legislação determina que em seus lugares devem ficar os suplentes mais votados da coligação.
O ex-capitão da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, tropa da Polícia Militar de São Paulo) Conte Lopes retorna à Assembleia Legislativa paulista, onde já atuou por seis legislaturas.
David Soares e Sâmia Bomfim, a partir de janeiro de 2019, vão exercer mandato de deputado federal.
No lugar de Sâmia, assumirá o segundo suplente Celso Giannazi (PSOL), irmão do deputado estadual reeleito Carlos Giannazi (PSOL), já que a primeira suplente do partido, a advogada Isa Penna (PSOL), foi eleita deputada estadual.
Já as renúncias de Conte Lopes e David Soares darão mandato efetivo ao primeiro e ao segundo suplentes da coligação Acelera São Paulo, pela qual ambos foram eleitos – Dalton Silvano (DEM) e Caio Miranda (PSB), já em exercício devido ao licenciamento dos vereadores Daniel Annenberg (PSDB) e Aline Cardoso (PSDB), hoje secretários municipais de Inovação e Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, respectivamente.
Terceiro suplente da coligação, Quito Formiga (PSDB) também exerce mandato, em substituição a Eduardo Tuma (PSDB), atualmente secretário-chefe da Casa Civil.
Dessa maneira, devem ocupar vagas temporárias o quarto e o quinto suplentes da coligação, Alberto Luiz da Silva (PSDB) e Edson Aparecido dos Santos (PSDB).
Os três vereadores foram questionados em relação a essa “dança das cadeiras”. Conte Lopes (PP), ex-capitão da Rota, afirmou ao jornal “O Estado de S. Paulo” que dará melhor contribuição à sua pauta de preferência, a segurança pública, na Assembleia Legislativa.
“Na Câmara (municipal de São Paulo), o discurso fica para mim mesmo. No município não conseguimos valorizar a área”, afirmou, dizendo que provavelmente seu suplente não terá tanta intimidade com o tema.
Já Sâmia Bomfim (PSOL) diz que se sente tranquila em “passar o bastão” para Giannazi, do mesmo partido. Os dois estão se reunindo periodicamente para ajustar a transição.
A vereadora entende que seu eleitorado é ligado a posições ideológicas firmes e, assim, qualquer outro integrante do partido estaria à altura para substituí-la.
Sâmia ressalta que a renúncia de seu mandato legislativo tem impacto menor que a renúncia do ex-prefeito João Doria (PSDB) para concorrer ao governo paulista. “Ele foi eleito pelo voto majoritário e é responsável por todas as secretarias. Prejudicou a cidade para se lançar governador”, afirmou.
A assessoria do vereador David Soares (DEM), que é filho do pastor evangélico e fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus, Missionário R.R. Soares, disse estar indisponível para dar declarações.