O ex-prefeito de São Paulo João Doria e o ex-prefeito de São Bernardo do Campo Luiz Marinho (PT) se envolveram em uma disputa ideológica quando o assunto foi geração de empregos, no terceiro bloco do debate ao governo do Estado de São Paulo.
“Você é do PT, que deu 14 milhões de desempregados ao Brasil. Você acredita que tem credibilidade?”, afirmou Doria.
Por sua vez, Marinho voltou a responsabilizar os partidos de oposição pela crise econômica que eclodiu durante a gestão de Dilma Rousseff (PT). “Dilma não conseguiu aprovar nenhum projeto por causa de Aécio (Neves) e (Eduardo) Cunha”, afirmou. Marinho ainda classificou Doria como “o mais rico do pedaço”.
“Sou rico sim porque trabalhei. Lula roubou e está pagando pena. Vamos criar empregos com política liberal. Oposto do que seu partido faz, que não acredita no capital privado”, rebateu Doria.
Marinho disse que acredita na iniciativa privada, mas que tem lado. “Meu lado é dos trabalhadores”, enfatizou. O petista ainda voltou a colar o seu nome ao do ex-presidente Lula, quando foi ministro do trabalho em um período de geração de empregos no País.
Ainda no terceiro bloco do debate, João Doria e Márcio França (PSB) voltaram a trocar farpas. O tucano afirmou que o adversário “talvez tenha sido um vice decorativo”, enquanto o candidato do PSB diz que não é inimigo de Doria e que ele “tem de aceitar críticas”.
Já o candidato Marcelo Cândido (PDT) “nacionalizou” o debate ao afirmar que o presidenciável Ciro Gomes, seu colega de partido, pretende revogar a PEC do Teto dos Gastos. “É necessário revogar esta lei. O Estado precisa oferecer soluções sem congelar gastos”, defendeu Cândido. “Se o Brasil quiser a verdade, é preciso dizer que essa lei não permite avançar. Por isso Ciro Gomes diz que precisa revogar”, acrescentou.
O jornal O Estado de S. Paulo realiza na noite deste domingo um debate com os candidatos das eleições 2018 ao governo do Estado de São Paulo. O evento é realizado em parceria com a TV Gazeta, Rádio Jovem Pan e Twitter.