Em vez de investir em longas viagens percorrendo os municípios do Rio Grande do Sul, os candidatos ao governo gaúcho nas eleições 2018 deverão focar suas visitas nos centros regionais mais importantes do Estado. As campanhas justificam que, por causa do período eleitoral mais curto e, principalmente, em razão da diminuição do teto de gastos com relação ao pleito de 2014, priorizarão cidades que concentram mais eleitorado.
Caxias do Sul, Canoas e Pelotas, respectivamente segunda, terceira e quarta maiores cidades do Estado, foram visitadas por mais de um postulante ao Palácio Piratini em agosto. Todos os candidatos também estiveram na Expointer, em Esteio, que reuniu grandes produtores rurais gaúchos. Outros polos regionais, como Rio Grande (a décima maior cidade do Estado) e Novo Hamburgo (oitava) também são destinos frequentes.
Em Novo Hamburgo, os candidatos participaram nesta quinta-feira, 6, de um debate promovido pelo Grupo Sinos. No encontro, os postulantes ao governo discutiram problemas comuns a todo o Estado, bem como questões relativas à região da cidade, como serviços de saúde voltados à oncologia, desenvolvimento da indústria local, políticas de assistência social e qualidade de vida do idoso.
A campanha à reeleição do governador José Ivo Sartori (MDB) vai apostar no que classifica como “mobilizações regionais”. “Se vamos a Passo Fundo (no norte do RS), por exemplo, reunimos pessoas de vários municípios em volta”, disse à reportagem Idenir Cechin, coordenador da campanha do emedebista. Segundo ele, a regionalização serve para “otimizar a campanha”. “Não há tempo de ir a todas as cidades. E não tenha dúvida de que temos uma campanha com poucos recursos.”
A campanha de Jairo Jorge (PDT) listou algumas cidades de maior relevância regional e número de eleitores. As viagens do candidato serão curtas, com ida e volta no mesmo dia, e as comitivas do pedetista terão “menos gente”, em razão da questão financeira, de acordo com fontes da campanha do pedetista.
As viagens do candidato Eduardo Leite (PSDB) também serão menores e mais curtas, segundo a coordenação da campanha tucana. As visitas não devem ter mais de dois dias de duração, em razão do curto tempo até as eleições.
A campanha do candidato do PT, Miguel Rossetto, também deverá priorizar cidades de médio e grande porte. As principais razões são o tempo curto de campanha e as gravações de programas eleitorais, que se concentram em Porto Alegre e na região metropolitana da capital gaúcha.