Os governadores de Goiás, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, São Paulo e a vice-governadora do Distrito Federal se reuniram nesta quinta-feira (30), para tratar sobre segurança pública no país.
Na ocasião, foi criado o “Consórcio da Paz”, uma iniciativa conjunta voltada à integração de forças de segurança e serviços de inteligência no enfrentamento ao crime organizado em todo o país.
O acordo foi firmado durante reunião realizada no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, após a megaoperação contra o Comando Vermelho, deflagrada nos complexos da Penha e do Alemão.
O encontro contou com a presença dos governadores Cláudio Castro (RJ), Ronaldo Caiado (GO), Romeu Zema (MG), Jorginho Mello (SC), Eduardo Riedel (MS), além de Tarcísio de Freitas (SP), que participou por videoconferência, e da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão.

Integração entre estados
A proposta do consórcio é fortalecer a cooperação entre os estados, com foco na troca de informações e no apoio mútuo em operações de segurança pública. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, destacou que a união busca “dividir experiências e estratégias de combate ao crime organizado”, criando um canal permanente de colaboração entre as polícias estaduais.
Segundo ele, o objetivo é “somar esforços práticos e garantir mais segurança ao cidadão comum, que sai de casa todos os dias temendo a violência”.
Caiado defende ação conjunta
Durante o encontro, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, ressaltou que o enfrentamento ao crime deve ser tratado como prioridade nacional e criticou a falta de coordenação por parte do governo federal.
“[O que o Comando Vermelho tem feito] não é crime comum, é terrorismo. O desinteresse é total em dar apoio ao Rio de Janeiro. E não interessa essa pauta a eles, porque eles são complacentes”, criticou.
Caiado defendeu a atuação integrada entre governos estaduais como forma de “recuperar o controle do território” e reduzir a influência de facções. O goiano também apontou o sistema prisional como ponto-chave no combate às organizações criminosas. “Quando o Estado assume o controle total das penitenciárias, a criminalidade despenca”, disse, citando resultados obtidos em Goiás.





