O ex-presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte (Goinfra), Lucas Vissotto, está entre os investigados da operação da Polícia Civil que apura irregularidades em um contrato para reforma de prédios públicos em Goiás.
Na ocasião, Lucas Vissotto foi preso na manhã desta terça-feira (28) e os fraudes em contratos envolvendo o órgão estadual gerou um prejuízo de R$ 10,4 milhões.
Ex-presidente da Goinfra
De acordo com a Polícia Civil, a operação cumpre mandados em Goiânia, Anápolis e no Distrito Federal.
Por meio de nota, a Goinfra informou que as suspeitas de irregularidades foram levantadas pelo próprio Governo de Goiás, por meio de seus sistemas internos de controle, e devidamente comunicadas às autoridades policiais para as providências necessárias.
Além disso, o órgão ainda ressaltou que “a gestão estadual tem como premissa tolerância zero com qualquer eventual desvio de conduta no trato do dinheiro público”.
O portal entrou em contato com a assessoria do ex-presidente da Goinfra, Lucas Vissotto, mas até o momento não obteve retorno.
Entenda sobre a operação
A operação investiga um contrato referente a manutenção de prédios públicos que foi firmado entre 2023 e 2024, com valor estimado em R$ 27,8 milhões.
Com base na Polícia Civil, o contrato previa a reforma e manutenção de 26 prédios públicos, como postos da Polícia Rodoviária Militar Estadual e instalações no Palácio Pedro Ludovico Teixeira.
Em contrapartida, durante a execução, o contrato foi modificado, passando para realização de obras e serviços de engenharia, o que possibilitou a elevação dos preços do contrato por meio de aditivos.
A polícia também apurou que a Goinfra havia planejado um contrato no valor de R$ 271,8 milhões, que seria gerido pelos mesmos envolvidos nas investigações atuais. Porém, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) detectou irregularidades e suspendeu o contrato em abril de 2024.
A análise técnica realizada pelo TCE apontou um sobrepreço de R$ 62,5 milhões, indicando que o valor acordado estava exagerado sem justificativas plausíveis, contrato que agora também está sendo investigado dentro do processo em andamento.