O estado de Goiás já confirmou mais de 100 mil casos de dengue neste ano, um aumento de mais de 227% em relação a todo o ano de 2023.
Além disso, só neste ano foram notificados 205.965 casos de dengue. No ano de 2023 houve 124.503 notificações da doença.
Em relação as mortes, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), confirmou o registro de 110 neste ano, até o momento, sendo o dobro do ano passado, que teve 55. Conforme dados da SES, outros 142 óbitos suspeitos estão em investigação.
As vítimas eram de diferentes faixas etárias e moravam em 42 municípios goianos. Os municípios que registraram maior número de mortes pela doença são Anápolis (21), Luziânia (10), Valparaíso de Goiás (7) e Goiânia (6).
De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, os casos de dengue estão avançando em ritmo menor, com tendência de desaceleração, mas o momento ainda é de preocupação.
“A população deve continuar eliminando de suas casas todo e qualquer material, utensílio ou dispositivo que acumula a água parada e que se transforma em criadouro do mosquito Aedes aegypti”, enfatiza.
As amostras analisadas no Laboratório Estadual Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen) indicam que 46,4% dos casos são pelo sorotipo 2, considerado o mais agressivo, e 52,8%, pelo sorotipo 1, menos grave.
Vacinação é estratégia para conter avanço de casos de dengue em Goiás
A vacina contra dengue está disponível para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. O imunizante protege contra os quatro sorotipos da doença e está disponível em centros de saúde de todos os municípios goianos.
A aplicação é feita em duas doses, no intervalo de três meses uma da outra. Goiás recebeu do Ministério da Saúde 158.505 doses, das quais 52% foram aplicadas. A superintendente relata que o Ministério da Saúde deve enviar novas remessas a serem usadas como segunda dose.