Foi deflagrada, nesta sexta-feira (20/1), uma operação que visa identificar envolvidos nos ataques em Brasília, no último dia 8 de janeiro.
A operação da Polícia Federal (PF) intitulada “Lesa Pátria” cumpre mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão em Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
A PF quer identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os fatos ocorridos no 8 de janeiro, em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por um grupo extremista que causou graves danos ao patrimônio público.
Em nota, a PF disse que o ocorrido em Brasília constitue “crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”.
A corporação destacou ainda que a Operação Lesa Pátria tem caráter permanente e que atualizações periódicas serão feitas sobre o número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.
A polícia pede, também, que a população colabore com as investigações e que reportem à corporação qualquer informação que ajude a identificar “pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os fatos ocorridos”.
As denúncias podem ser feitas através do e-mail [email protected].
Relembre os ataques em Brasília
No último dia 8 de janeiro, apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) furaram um bloqueio feito pela Polícia Militar (PM) na Esplanada dos Ministérios e invadiram o prédio do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal, em Brasília.
Os apoiadores do ex-presidente decidiram radicalizar o discurso, indo até a Esplanada dos Ministérios, pedir a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), intervenção militar e a volta de Bolsonaro ao poder.
Com a invsasão às sedes dos Três Poderes, manifestantes deixaram um rastro de destruição. Entre janelas e mobílias quebradas estavam, também, parte do acervo artístico e arquitetônico nacional, que representa capítulos importantes da história nacional.
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Além disso, o ex-secretário de Segurança Pública do Distrio Federal, Anderson Torres, foi preso, no último sábado (14), acusado de ser conivente e ter facilitado os ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro.
Torres, que foi ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, viu sua situação piorar após a Polícia Federal ter encontrado, em sua casa, um documento de decreto de estado de defesa que invalidaria as eleições ocorridas em outubro passado.
O ex-secretário se encontra recolhido no 4º batalhão da Polícia Militar no Guará, região administrativa da capital federal.