Um dia após a depredação do Congresso Nacional do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, os governadores se reuniram com o presidente Lula para falar sobre a defesa da democracia e condenar a ruptura institucional no país.
O vice-governador Daniel Vilela participou da reunião representando o governador Ronaldo Caiado, que guarda repouso relativo após intervenção cirúrgica realizada no mês de dezembro.
“Reafirmamos o apoio à democracia brasileira e ao Estado Democrático de Direito em todas as manifestações. Os governadores, o presidente da República, a presidente do Supremo Tribunal Federal, e presidentes do Legislativo. Todos em um ato de desagravo dos Poderes, afrontados pelos atos de terrorismo e vandalismo que ocorreram no dia de ontem”, avaliou Daniel.
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Forças policiais de Goiás estão de prontidão para impedir ataques
No domingo, após os ataques, o governador Ronaldo Caiado (UB), disponibilizou o envio de forças policiais para auxiliar na segurança no Distrito Federal.
“Ontem mesmo, determinou a todas as Forças de Segurança do estado que estivessem atentas, de prontidão e trabalhando de forma compartilhada com as Forças de Segurança nacional, para coibir qualquer atitude por parte destes vândalos”, reforçou.
Nesta segunda-feira (9), Governo de Goiás também disponibilizou 270 vagas em presídios estaduais para a detenção de extremistas que participaram de atos antidemocráticos em Brasília.
Defesa da democracia
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Durante a reunião, o presidente da República assegurou que vai investigar quem foram os responsáveis por financiar os atos e que não vai permitir que a democracia “escape das nossas mãos”. “Não vamos ser autoritários com ninguém, mas não seremos mornos com ninguém. Vamos investigar e vamos chegar a quem financiou”, afirmou.
Após a reunião, o presidente e os governadores seguiram em caminhada do Palácio Planalto à sede do STF, em ato de solidariedade à Suprema Corte.
A ministra Rosa Weber assegurou que o plenário, principal alvo dos vândalos, será reconstruído. “Essa simbologia me entristeceu de uma maneira enorme, mas eu quero assegurar a todos que vamos reconstruí-lo e que no dia 1º de fevereiro daremos início ao ano judiciário”, assinalou a ministra.
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