O conselheiro do Atlético-GO, Maurício Sampaio, deixou o presídio na noite desta sexta-feira (11/11), dois dias após ser condenado pelo homicídio do radialista Valério Luiz, em julho de 2012, em Goiânia. Sampaio foi condenado a 16 anos de prisão.
A defesa de Sampaio conseguiu a soltura através de um pedido de habeas corpus imediato, feito pelos advogados Ricardo Naves e Thales Jayme. Esta foi a segunda solicitação de soltura, sendo que a primeira, feita na quinta-feira (10), foi indeferida.
Na decisão, o desembargador Ivo Favaro explicou que “não é possível extrair da decisão conduta do paciente que indique possibilidade de violação da ordem pública, da ordem econômica, ou que implique perigo para a aplicação da lei penal, até por ter o paciente respondido o processo em liberdade e compareceu à sessão de julgamento”.
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A solicitação também se estendeu para outros dois réus, Ademá Figueiredo, condenado a 16 anos de prisão, e Urbano Malta, condenado a 14. Entretanto, o pedido ainda não foi analisado pela Justiça e eles permanecem presos.
Condenação de Maurício Sampaio no caso Valério Luiz
A prisão de Maurício Sampaio durou menos que o tempo do julgamento do caso, que ocorreu em três dias. Sampaio, apontado como mandante do crime, foi condenado a 16 anos de prisão em regime fechado. Ele deixou o tribunal na noite de quarta-feira (9) e foi encaminhado direto ao presídio.
Na sentença de condenação, o júri apontou que a culpabilidade de Maurício Sampaio foi considerada de grau intenso, uma vez que premeditou o crime com o objetivo de “calar a vítima, que exercia sua liberdade de expressão na condução de jornalista esportivo”.
Além de Sampaio, outros três réus foram condenados, sendo:
- Urbano de Carvalho Malta, acusado de contratar o atirador para cometer o crime, condenado a 14 anos de reclusão;
- Ademá Figueiredo Aguiar Filho, policial militar apontado como autor dos disparos, condenado a 16 anos de reclusão;
- Marcus Vinícius Pereira, acusado de ajudar no planejamento do homicídio, condenado a 14 anos de reclusão.
Djalma Gomes da Silva, que era apontado como ajudante no planejamento do crime, foi absolvido. O MPGO deve recorrer da decisão.