O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) pretende criar um fundo do agro para investimento em obras de infraestrutura pelo estado. Para isso, tem se reunido com líderes ruralistas para conversar com o setor.
Caiado recebeu na segunda-feira (7/11) diversos representantes do setor do agronegócio para discutir a criação do fundo para a infraestrutura em Goiás. O dinheiro arrecadado será exclusivamente destinado para a melhoria de estradas e rodovias goianas, que vai, também, colaborar com o desenvolvimento do agronegócio no estado.
Além disso, os recursos serão administrados e fiscalizados por meio de um conselho composto por representantes do Estado e do setor produtivo.
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De acordo com Caiado, a viabilização do fundo já está sendo estudada e conta, ainda, com a participação da Federação da Agricultura de Goiás (Faeg) na elaboração do projeto que, em seguida, será enviado à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para apreciação.
“Chamei-os para dizer que é lógico que a Faeg vai coordenar, atuar no projeto de lei e onde haverá uma contribuição sobre os produtos agropecuários”, disse o governador.
O presidente da Faeg e deputado federal, José Mário Schreiner também falou na oportunidade. Segundo ele, o atual governo trouxe melhorias significativas para o agro do estado e destacou as melhorias na segurança pública e infraestrutura que, de acordo com ele, devem continuar.
Criação do fundo do agro é uma exigência para garantir os investimentos no futuro, diz Caiado
O governador de Goiás ainda afirmou ser necessário a criação de um fundo que garanta investimentos em infraestrutura nos próximos anos. Segundo ele, “não podemos deixar Goiás colapsar nessa hora”, referindo às mudanças realizadas pelo Governo Federal sobre a diminuição das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis – que financia serviços essenciais como segurança, saúde e educação.
Para o governador, a queda na arrecadação do ICMS deve chegar à casa dos R$ 4 bilhões no ano.
Além disso, outros estados da região Centro-Oeste do país já tem um fundo semelhante.
Schreiner disse que o momento exige maturidade de ambos os lados. “Vamos ter bom senso para encontrar um ponto de equilíbrio não só aos produtores, mas também com um olhar como um todo para o Estado de Goiás. O diálogo é a melhor saída”, disse o presidente da Faeg.
Além deles, outra figura que se colocou à disposição para intermediar a discussão entre o governo estadual e o setor do agronegócio foi a produtora rural e, também, deputada federal eleita Marussa Boldrin.
Para ela, todo o desenvolvimento que se quer, “têm custo e investimento”. Sendo assim, Marussa acredita que o setor agropecuário do estado será favorável à proposta do governador.
“Tenho certeza que teremos a contrapartida. Conte comigo para que a gente possa ter esse diálogo entre produtores e o senhor (governador), para que a gente entenda a importância do fundo para desenvolver o Estado e nosso país”, enfatizou a deputada eleita.
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Diversos representantes do agronegócio em Goiás participaram do evento.