O presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou a imprensa e fez um discurso na tarde desta terça-feira (1º) dois dias após o resultado das Eleições 2022, no último domingo (30). A coletiva foi realizada no hall de entrada do Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente da República.
O chefe do Executivo rompeu o silêncio de mais de 40 horas para falar sobre as manifestações no Brasil e a insatisfação do resultado das eleições. Na ocasião, ele não reconheceu a derrota e não parabenizou o adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi eleito presidente da República pela terceira vez, com 50,9% dos votos.
No discurso que durou cerca de dois minutos, Bolsonaro afirmou que a manifestação feita pelos apoiadores pelo Brasil é “legítima”, pois o sentimento de é de “injustiça”, fazendo referência ao resultado das eleições. Esta foi a primeira vez na carreira que Bolsonaro perdeu uma eleição.
Em seu pronunciamento, o presidente também falou sobre ser chamado de antidemocrático e disse que sempre cumpriu a Constituição. “Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição.”.
Leia à integra do discurso feito por Bolsonaro
Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral.
As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir.
A direita surgiu de verdade em nosso país. Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, pátria, família e liberdade.
Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo o sistema, superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra.
Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais.
Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição.
É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde-amarela da nossa bandeira.