Depois de dois meses consecutivos de deflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,16% em outubro, conforme aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em setembro houve uma queda de -0,37% e, em agosto, de -0,73%. No ano, o indicador acumula alta de 4,80% e de 6,85% nos últimos 12 meses. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (25/10).
Entre os grupos, apenas transportes (-0,64%), comunicações (-0,42%) e bens de consumo (-0,35%) apresentaram queda em outubro. No transporte, o motivo da queda está relacionado à redução nos preços de quatro combustíveis: etanol (-9,47%), gasolina (-5,92%), diesel (-3,52%) e gás veicular (-1,33%).
De acordo com o IBGE, o subitem mais impactado negativamente foi a gasolina, com alta de 0,29 ponto percentual (pp).
Alta na inflação
Ainda segundo a pesquisa, o grupo de Saúde e Cuidados Pessoais foi o que provocou o maior impacto entre as altas, especialmente pelos planos de saúde (1,44%).
“Essa aceleração foi influenciada por reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nos planos de saúde contratados antes da Lei nº 9.656/98 e com vigência retroativa desde julho. O aumento nos preços de itens de higiene pessoal (1,10%) também influenciou a alta no grupo”, informou o IBGE.
Por outro lado, o setor de vestuário registrou a maior variação, de 1,43%. Os destaques das altas foram os calçados e acessórios (1,82%), das roupas infantis (1,71%) e das joias e bijuterias (1%).
A pesquisa ainda pontou que nove das 11 áreas pesquisadas tiveram inflação em outubro. A maior variação foi registrada em Brasília (0,56%), seguida por Goiânia, com mesmo percentual. Curitiba teve a menor variação, com 0,24%.
Metodologia
A pesquisa coletou dados entre os dias 15 de setembro e 13 de outubro, que foram comparados com os prelos vigentes de 13 de agosto a 14 de setembro deste ano. O indicador é referente às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos.
Além de Goiânia, a pesquisa também foi realizada nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba e Brasília.