O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu que a Polícia Federal (PF) abra um inquérito para investigar um possível crime de coação eleitoral na Agência de Fomento de Goiás (GoiásFomento).
O pedido foi feito pelo promotor eleitoral Haroldo Caetano, que recebeu uma notícia relatando que o diretor administrativo e financeiro do órgão, Lucas Fernandes, estaria ameaçando servidores de demissão caso votassem no candidato à presidência da República Luís Inácio Lula da Silva, no segundo turno das eleições.
De acordo com o MPE, as ameaças também eram feitas aqueles que não votassem e não fizessem campanha eleitoral para o candidato Jair Bolsonaro (PL), que é apoiado pelo diretor.
O promotor também relatou que houve um caso onde um funcionário declarou seu voto em Lula e foi convocado à sala do diretor. No local, ele teria ordenado que o homem colocasse uma imagem em seu perfil no celular afirmando o apoio à Bolsonaro, caso contrário, seria demitido.
Diante dos fatos, o órgão pediu que a Polícia Federal investigue o crime, que está previsto no artigo 300 do Código Eleitoral. Neste caso, a pena é de detenção de até seis meses e pagamento de multa.
Nota sobre suposto crime de coação eleitoral na GoiásFomento
A GoiásFomento informa que não tem conhecimento de nenhuma prática de assédio eleitoral dentro da agência, mas que abriu procedimento interno para investigar eventuais desvios de conduta.
Reforçamos que todos colaboradores têm liberdade para fazer suas escolhas políticas e manifestá-las, dentro dos parâmetros da lei.
A instituição ainda não teve acesso à íntegra da solicitação feita pelo Ministério Público, mas reforçamos que estamos à disposição para colaborar com os órgãos de investigação.
O Portal Dia entrou em contato com o diretor financeiro do órgão, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.