A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informou que está calculando o percentual máximo de reajuste a ser autorizado para os planos individuais e familiares. Após análise e conclusão dos estudos, bem como do parecer dado pelo Ministério da Economia, os percentuais serão divulgados. No último dia 10 de maio a agência reguladora enviou o cálculo referente ao índice de reajuste anual para o Ministério, todavia a ANS afirma que ainda não há uma data definida para a divulgação deste índice.
A estimativa feita pela Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) é de que, para 2022, seja aplicado um reajuste de cerca de 15,8%. Em nota a associação afirma que é de suma importância “lembrar que os planos de saúde foram o único setor regulado com reajuste negativo em 2021, de -8,19%, reflexo direto das despesas médico-hospitalares de 2020 inferiores às de 2019 por conta do adiamento dos procedimentos eletivos, gerado pelo distanciamento social logo no início da pandemia”.
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Através de nota, o Ministério da Economia disse que só irá se manifestar sobre o reajuste após a avaliação ser concluída e informou que ainda não há previsão para que isso aconteça. Ainda de acordo com a Abramge as despesas de 2021 superaram muito as de 2020, devido a alta taxa de ocupação dos leitos hospitalares que foram causados pela retomada nos atendimentos e pela segunda onda de Covid-19, que foi maior do que a primeira.
É preciso ressaltar também que a inflação mundial em relação aos insumos, tais como materiais, equipamentos e medicamentos,, além da significativa alta do dólar que afeta o preço do materiais médico-hospitalares, interferem diretamente nas despesas.
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Para a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) a projeção do reajuste será na faixa dos 15,7%. A entidade acredita que o percentual a ser reajustado levará em consideração o impacto causado pelo aumento nos preços dos medicamentos, insumos, além da forte demanda de procedimentos eletivos, a incorporação obrigatória de novas coberturas, assim como o impacto causado pelos tratamentos de Covid-19. Outro ponto que deve ser considerado no cálculo é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que incide sobre custos de naturezas como despesas administrativas.
“Nesse sentido, vale ressaltar que o Brasil enfrenta a maior inflação geral em 19 anos, o que afeta diversos setores de atividade econômica, incluindo o mercado de planos de saúde. Ainda assim, no acumulado dos últimos dois anos, o IPCA passou de 16% e o reajuste de medicamentos, 22%, frente a 6,22% dos planos de saúde individuais, se confirmadas as projeções de reajuste para 2022, e considerando o reajuste negativo de – 8,19%, em 2021”, ressalta a FenaSaúde.
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