A madrasta do menino Davi Luiz Rodrigues Rosa, de 7 anos, confessou à polícia que agrediu o enteado, em Goianésia, no centro do estado. Ela foi presa nesta semana, juntamente com o pai da criança.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Ana Carolina Pedrotti, a mulher disse que de não gostou que o menino não fez as tarefas escolares e, por isso, deu chineladas e um chute nele.
Relatos de testemunhas apontaram que o menino foi agredido na segunda-feira (14), e passou o dia seguinte todo na cama. Na madrugada de quarta-feira (16), o menino foi levado para uma unidade de saúde, onde os médicos constataram que ele já chegou sem sinais vitais.
O corpo da criança foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exames para verificar a causa da morte. O laudo apontou que a criança tinha lesões recentes no corpo, especialmente nos braços e pernas. Uma radiografia mostrou que o menino teve ainda uma fratura no fêmur esquerdo, mas a causa da morte foi determinada como uma laceração no intestino, possivelmente por causa pelos chutes que recebeu.
Segundo a delegada, o legista apontou que as lesões causaram muita dor na criança. O pai da criança disse que não estava em casa do momento das agressões, mas disse que o filho reclamou que estava com dor de barriga.
O corpo do menino foi enterrado nesta quinta-feira (17), em Silvanópolis, no Tocantins, onde mora a mãe.
Madrasta confessa que agrediu enteado de 7 anos e tem cada depredada
Após o prisão da mulher, um grupo de cerca de 40 moradores da cidade de Goianésia depredou a casa onde vive a madrasta e o pai de Davi Luis. A Polícia Militar foi acionada para dispersar o grupo e ninguém foi preso.
O casal teria se mudado para a cidade há cerca de três meses e o menino vivia com o pai desde os três anos. Há suspeita de que a criança já tenha sido agredida outras vezes.
O pai do menino, de 25 anos, que é autônomo, também foi preso, pois não teria prestado socorro à criança. O casal segue detido na Unidade Prisional de Goianésia.
A defesa dos investigados não foi localizada até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.