Cerca de 20 mulheres já procuraram a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) para denunciar o ginecologista suspeito de abuso sexual, em Anápolis, a cerca de 55 quilômetros da capital. Ele foi preso preventivamente na manhã desta quarta-feira (29/9).
De acordo com a Polícia Civil, as vítimas que ligaram na delegacia para denunciar o caso são sobretudo de Goiânia, Brasília e Pirenópolis. Elas ainda devem procurar a delegacia para registrar ocorrência. Até o momento, cerca de seis vítimas do médico já foram ouvidas.
As vítimas relataram que os abusos aconteciam durante procedimentos ginecológicos, ele tocava nas partes íntimas das vítimas, dizia palavras de baixo calão e até fazia elas tocarem nele. Segundo a delegada Isabela Joy Lima, titular da Deam em Anápolis, em alguns casos ele chegava a enviar mensagens para as pacientes após as consultas.
“Temos provas que ele mandava vídeos e falava coisas eróticas para as vítimas. Ele agia da mesma forma com as pacientes, na consulta ou no exame transvaginal. Não chegou ao nosso conhecimento casos de conjunção carnal, mas haviam atos libidinosos muito constrangedores para todas as vítimas”, relatou a delegada em coletiva.
Prisão do ginecologista suspeito de abuso sexual, em Anápolis
Na manhã de hoje (29), a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão e prisão preventiva em desfavor do médico Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, por violação sexual mediante fraude. Ele já tem histórico semelhante em outros estados brasileiros.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito tem registro profissional (CRM) ativo em Goiás, Pará, Paraná e Distrito Federal. Na capital federal, o médico tem sentença condenatória por violação sexual mediante fraude, sendo que a vítima relatou a mesma forma de falar e agir relatada pelas vítimas em Goiás. No Paraná, uma vítima também registrou ocorrência, também por violação sexual, mas o caso foi arquivado.
A equipe do Dia Online não localizou a defesa do suspeito para se manifestar sobre o caso até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.