Governadores de 20 estados, inclusive Goiás, assinaram uma nota que diz que a alta no preço da gasolina é um problema nacional e não dos estados. A carta é uma resposta ao presidente Jair Bolsonaro, que atribui o aumento do combustível às unidades da federação.
No documento, os governadores alegam que no último ano houve um aumento de mais de 40% no combustível, mas, apesar disso, nesse período não houve reajuste no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um dos tributos que refletem no valor da gasolina.
“Os Governadores dos Entes Federados brasileiros signatários vêm a público esclarecer que, nos últimos 12 meses, o preço da gasolina registrou um aumento superior a 40%, embora nenhum Estado tenha aumentado o ICMS incidente sobre os combustíveis ao longo desse período. Essa é a maior prova de que se trata de um problema nacional, e, não somente, de uma unidade federativa. Falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema”, diz a íntegra da nota.
Veja os governadores que assinaram a nota afirmando que alta na gasolina é ‘problema nacional’
Os preços cobrados nas bombas viraram motivo de embate entre o presidente e os governadores. O presidente vem cobrando que os estados reduzam o ICMS e, no início deste mês, até entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar os estados a adotarem alíquota única de ICMS sobre os combustíveis.
Apenas sete governadores não assinaram a carta que trata sobre a alta nos combustíveis, sendo: Carlos Moisés (Santa Catarina); Ratinho Júnior (Paraná); Mauro Carlesse (Tocantins); Marcos Rocha (Rondônia); Antonio Denarium (Roraima); Wilson Lima (Amazonas); e Gladson Cameli (Acre).
Confira quais governadores assinaram a nota:
- Ronaldo Caiado (Goiás)
- Rui Costa (Bahia)
- Cláudio Castro (Rio de Janeiro)
- Flávio Dino (Maranhão)
- Helder Barbalho (Pará)
- Paulo Câmara (Pernambuco)
- João Doria (São Paulo)
- Romeu Zema (Minas Gerais)
- Mauro Mendes (Mato Grosso)
- Eduardo Leite (Rio Grande do Sul)
- Camilo Santana (Ceará)
- João Azevêdo (Paraíba)
- Renato Casagrande (Espírito Santo)
- Wellington Dias (Piauí)
- Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte)
- Renan Filho (Alagoas)
- Belivaldo Chagas (Sergipe)
- Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul)
- Ibaneis Rocha (Distrito Federal)
- Waldez Góes (Amapá)