O preço do gás de cozinha terá um novo reajuste nas distribuidoras no início do mês de setembro. Com isso, o valor do botijão de 13 quilos pode chegar a R$ 115,00 em Goiânia, visto que o comunicado das distribuidoras informa que o aumento é de até R$ 5,89.
O novo aumento acontece mesmo sem reajuste da Petrobras e o motivo alegado pelas distribuidoras é a cobertura das altas de custos decorrentes da inflação e o reajuste salarial de funcionários, com data-base para setembro.
Por meio de comunicado, a Ultragaz informou que o reajuste será de R$ 5,32 por botijão e, como ocorre todos os anos, em setembro é feita a revisão do preço do GLP para a sua rede, que ocorre por causa dos impactos inflacionários em sua estrutura de custos, além das despesas com folha salarial. Segundo a empresa, a recomposição anual já será aplicada em 1º de setembro.
Já a Nacional Gás Distribuidora informou, em comunicado oficial, que o reajuste será de R$ 5,89 e o mesmo é imprescindível para continuar garantindo a segurança e qualidade na prestação dos serviços. A companhia representa a Nacional Gás, Brasil Gás e Para Gás.
Preço do gás pode chegar a R$ 115 e preocupa moradores de Goiânia
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás da Região Centro-Oeste (Sinergás), Zenildo Dias do Vale, o aumento deve provocar queda nas vendas, visto que a renda da população caiu e muita gente está desempregada.
Cláudia Morais, moradora de um bairro na região noroeste da capital, conta que a situação está difícil com tantas altas nos preços. “Está tudo muito caro e fica difícil manter a casa com os preços praticados atualmente. Agora, com uma nova alta no gás, temos que buscar soluções de economia e buscar alternativas para substituir o gás.”.
Jovercina Santos, também moradora da região noroeste, afirma que já busca alternativas para economizar. “Eu já tenho um fogão a lenha que uso para cozinhar feijão, carne e outras coisas. O gás deixo somente para comidas rápidas, pois está muito caro”.
O presidente ainda lembra que em novembro as revendas também terão seu dissídio e a projeção é de repassar R$ 1 por botijão.