Com o novo ajuste da Petrobras, o combustível teve nova alta nas bombas nos postos de Goiás. Com isso, Goiânia já passa a ter a gasolina mais cara entre as capitais brasileiras. O valor do litro já chega a R$ 6,67 em alguns postos, um aumento de até R$ 0,30. Entretanto, o valor pode ser ainda mais alto em outras regiões do Estado, como Nordeste e Noroeste, onde o valor do litro chega a R$ 6,89.
Na semana passada, Goiânia ocupava a segunda posição do ranking do combustível mais caro do país, atrás somente do Rio de Janeiro. Entretanto, passou para a primeira posição após recuo no valor médio na metrópole carioca. O levantamento foi realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no período de 8 a 14 de agosto, e leva em consideração o preço médio da gasolina comum.
De acordo com um relatório publicado pela Secretaria da Economia de Goiás o valor médio do litro da gasolina encontrado em mais de 127 cidades goianas estava acima de R$ 6,30. O levantamento leva em consideração os postos que utilizam a Nota Fiscal do Consumidor (NFC-e).
A alta nos preços foi registrada na mesma semana que a Petrobras anunciou o nono aumento do ano nas cotações nas refinarias. Até chegar ao consumidor final vários custos são acrescidos no cálculo, como tributos federais e estaduais; custos para aquisição e mistura obrigatória de etanol anidro; além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores. Por isso, os valores praticados nas refinarias pela Petrobras são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo.
Goiânia tem a gasolina mais cara entre as capitais brasileiras e Procon inicia fiscalização
Nesta segunda-feira (16/8), o Procon Goiás iniciou mais uma operação de fiscalização nos postos de combustíveis de Goiânia para apurar o repasse de um novo reajuste no preço do litro da gasolina comum para o consumidor. Na última semana, a Petrobras decidiu elevar o preço do litro do combustível de R$ 2,69 para R$ 2,78 nas refinarias.
Segundo o superintendente do Procon Goiás, Alex Vaz, o trabalho in loco será intensificado nos postos de combustíveis para verificar um eventual abuso na margem de lucro praticada por esses estabelecimentos.
“Seremos rigorosos nesta fiscalização para verificar a margem aplicada do repasse ao consumidor e se existe algum abuso. Caso seja constatada alguma irregularidade, o responsável será punido exemplarmente. Não podemos tolerar que o consumidor seja mais penalizado do que já vem sendo neste cenário de pandemia”, afirma. Os postos que apresentarem dificuldade em fornecer a documentação no local terão o prazo de 24 horas para a entrega.
Após análise da documentação solicitada, os postos que praticarem lucro abusivo serão multados. A documentação será analisada pela Gerência de Pesquisa e Cálculo do órgão. O valor das multas pode chegar a R$ 10,2 milhões.
O superintendente informa que os consumidores podem fazer denúncia, seja de suspeita de aumento abusivo ou problemas com a qualidade do combustível entre outros, pelo telefone 151 (Goiânia), (62) 3201-7124 (interior) ou ainda pela internet, por meio do Procon Web.