Por 229 votos favoráveis, 218 contrários e uma abstenção, o plenário da Câmara dos Deputados rejeitou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna obrigatório o voto impresso. Entre os deputados de Goiás, nove votaram a favor da PEC e seis contra.
Algumas lideranças partidárias orientaram seus parlamentares como deveriam votar em relação à PEC, outras deixaram o voto liberado, com decisão própria de cada político. Veja a orientação:
- A favor da PEC: PSL, Republicanos, Podemos, governo
- Contra a PEC: PT, PL, PSD, MDB, PSDB, PSB, DEM, Solidariedade, PSOL, Avante, PCdoB, Cidadania, PV, Rede, minoria, oposição
- Voto liberado: PP, PSC, PROS, PTB, Novo, Patriota, maioria
O resultado representa uma derrota para o presidente Jair Bolsonaro, que, sem apresentar provas, vem falando em fraude no sistema de votação por meio da urna eletrônica.
Saiba como votou cada deputado de Goiás sobre a PEC do voto impresso
- Alcides Rodrigues (Patriota) – Contra
- Célio Silveira (PSDB)- A favor
- Delegado Waldir (PSL) – Contra
- Dr. Zacharias Calil (DEM) – A favor
- Elias Vaz (PSB) – Contra
- Francisco Jr. (PSD) – A favor
- Glaustin da Fokus (PSC) – A favor
- João Campos (Republicanos) – A favor
- Jose Mario Schreiner (DEM) -A favor
- José Nelto (Podemos) – Contra
- Lucas Vergilio (Solidariedade) – Contra
- Magda Mofatto (PL) – A favor
- Professor Alcides (PP) – A favor
- Rubens Otoni (PT) – Contra
- Vitor Hugo (PSL) – A favor
- Flávia Moraes (PDT) – Não votou
- Adriano do Baldy (PP) – Não votou
Histórico
A proposta que previa o voto impresso foi derrubada em comissão especial na sexta-feira (6), por 22 votos a 11. No entanto, por considerar que os colegiados não são conclusivos, Arthur Lira (PP-AL) decidiu colocar a proposta em votação pelo plenário. Na ocasião, o presidente da Casa, argumentou a disputa em torno do tema “já tem ido longe demais”.
Ao recomendar a rejeição da proposta, o deputado Raul Henry (MDB-PE) afirmou que havia risco potencial de fraudes com manipulações de comprovantes em papel, empecilhos derivados do acoplamento de impressoras em urnas eletrônicas e efeitos diversos sobre o processo eleitoral e os partidos.
“A população brasileira, depois de 25 anos da utilização da urna eletrônica, reconhece e testemunha a conquista que ela representa”, justificou Henry. “Diferentemente do período em que o voto era em papel, não há nenhuma confirmação de uma única fraude nesse período”.