O ex-governador e presidente do PSDB em Goiás, José Eliton foi alvo de mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (15/6) na Operação Terra Fraca, que apura um possível desvio de recurso público da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), antiga Agetop. Entretanto, o ex-governador afirma estar ‘absolutamente tranquilo’, pois não foi citado no inquérito policial.
De acordo com José Eliton, a inclusão se deu unicamente pela Operação Decantação 2, deflagrada em 2019 pela Polícia Federal (PF). A operação investigou supostos pagamentos irregulares da Saneago à empresa Sanefer com benefícios ao PSDB. Ainda não houve conclusão do processo.
Agora, a Operação Terra Fraca tem como objetivo apurar um contrato para execução de obras na GO-230, entre os municípios de Água Fria e Mimoso de Goiás. A construtora responsável teria participação no esquema de lavagem de dinheiro através de superfaturamento de contratos.
De acordo com a Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), a operação investiga o desvio de até R$ 46 milhões.
Confira na íntegra a nota divulgada por José Eliton, alvo de operação na Goinfra, que diz estar ‘absolutamente tranquilo’
Em relação a Operação “Terra Fraca”, deflagrada ontem pela Polícia Civil do Estado de Goiás, o ex-governador José Eliton tem a esclarecer os seguintes fatos, depois de ter acesso ao conteúdo do inquérito policial e da decisão da Justiça do Estado de Goiás:
Ao analisar as 895 páginas do inquérito, o ex-governador enfatiza que o seu nome não é citado UMA ÚNICA VEZ SEQUER. Não há qualquer referência à sua pessoa, direta ou indiretamente, em todo o material que baseia a operação policial. Razão pela qual, por si só, já causa estranheza e indignação, principalmente com a apreensão de dois celulares e de um computador em sua residência em Goiânia.
O ex-governador destaca ainda que a autoridade policial do Estado, ao requerer a cautelar de busca e apreensão, faz referência unicamente a Operação Decantação 2, de 2019, em que José Eliton foi ouvido como DECLARANTE (não como investigado) pela Polícia Federal. Naquela oportunidade, o ex-governador prestou todos os esclarecimentos às autoridades, inclusive com entrega de vasta documentação.
Todos os seus objetos apreendidos na época, foram amplamente analisados e periciados pela PF, que não encontrou nenhuma irregularidade ou ilicitude, fato este comprovado em próprio laudo da instituição, os devolvendo logo em seguida ao proprietário.
Estranhamente, esses relevantes fatos (esclarecimentos à PF, com entrega de ampla documentação, e perícia nos celulares e computadores) não foram referenciados pela Polícia Civil de Goiás ao juiz que assinou a cautelar de busca e apreensão. Isto pode ter induzido o magistrado ao erro na sua decisão.
É sabido que José Eliton exerce papel relevante e público como oposição ao atual Governo do Estado, tendo inclusive concedido entrevistas nesse sentido para vários veículos de comunicação.
Embora lamente que os direitos fundamentais no Brasil têm sido violados sistematicamente, o ex-governador enfatiza que embora profundamente indignado, está absolutamente tranquilo. Não há imputação em relação à sua conduta ou sobre qualquer fato que tenha feito ou deixado de fazer, como fica evidente no próprio inquérito da operação desta semana como destacado anteriormente. Enfatiza ainda a sua plena confiança na Justiça de Goiás e informa que vai tomar todas medidas judiciais para garantia de seus direitos.
Por fim, José Eliton informa que continuará com o seu trabalho, em total respeito aos valores constitucionais, na defesa das liberdades, com críticas e ponderações que
entender pertinentes sempre com o objetivo de colaborar com o debate democrático na luta por um futuro melhor e mais justo para todos os goianos e todos os brasileiros.