Um grupo de manifestantes fechou a Avenida Anhanguera, nesta terça-feira (16/3), em protesto contra o fechamento do comércio, em Goiânia. Os manifestantes pretendiam interditar novamente a BR-153, mas desistiram da ideia após reforço da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
De acordo com a PRF, há poucos instantes houve a primeira tentativa do grupo de interditar a rodovia federal. Os policiais conversaram com os manifestantes, expondo os graves riscos e transtornos gerados pelo bloqueio da via. Alguns participantes se exaltaram, não entraram em acordo e precisaram ser contidos e dispersos.
Com cartazes e faixas, o grupo seguiu para a Avenida Anhanguera e critica as medidas adotadas pelo prefeito de Goiânia (Republicanos). Acompanhando o movimento, a Polícia Militar conta com cerca de 20 viaturas no local. Os PMs tentaram diálogo com os manifestantes para que fizessem uma passeata, mas a ideia não foi acatada.
No protesto, os manifestantes pedem o fim de decreto que determina o fechamento de atividades não essenciais na capital por 14 dias. O documento entrou em vigor na última segunda-feira (15/3).
Manifestação na BR-153
Nesta segunda-feira (15/3), também houve manifestação contra as medidas restritivas estabelecidas no decreto de Goiânia. O protesto teve início na porta do Paço Municipal e seguiu para a BR-153.
Os manifestantes bloquearam o trânsito na altura do Paço Municipal, em ambos os sentidos da via, e permaneceram até o fim da tarde. A pista foi liberada no fim da tarde, depois que representantes do movimento se reuniram com o prefeito Rogério Cruz. Apesar do encontro, os manifestantes não se mostraram satisfeitos com a decisão apresentada pelo gestor municipal.
Decreto determina fechamento do comércio, em Goiânia
Foi publicado no último sábado (13/3) o decreto de Goiânia que determina o fechamento de atividades não essenciais por 14 dias, seguidos por 14 dias de funcionamento, sucessivamente. O documento é uma medida para o enfrentamento de emergência de saúde pública decorrente da pandemia da Covid-19, provocada pelo SARS-CoV-2 e suas variantes.
De acordo com o texto, supermercados e congêneres só poderão vender alimentos, bebidas, produtos de higiene, saúde e limpeza, ficando expressamente vedado o consumo de gêneros alimentícios e bebidas no local. Além disso, também só é permitida a entrada de uma pessoa do mesmo núcleo familiar, exceto nos casos em que é necessário acompanhamento especial. Lojas de conveniência não podem funcionar. Confira outras medidas do documento aqui.