A assessoria jurídica da coligação Pra Goiânia Seguir em Frente vai protocolar na Justiça Eleitoral pedido de investigação sobre a produção e divulgação de informações falsas sobre a chapa que disputa a Prefeitura de Goiânia. Nas últimas horas, passou a circular na internet e em grupos de WhatsApp uma falsa lista de nomeações de auxiliares para a prefeitura de Goiânia, caso o candidato do MDB, Maguito Vilela, vença o pleito no próximo domingo. A equipe também identificou crescimento de fake news sobre o estado de saúde do candidato. Na avaliação da defesa, trata-se de uma ação orquestrada para disseminação de mentiras com o objetivo de influenciar o resultado da eleição.
“Nós identificamos nos últimos dias um crescimento muito grande de fake news circulando nas redes sociais com o objetivo de enganar o eleitor de Goiânia. Algumas com informações falsas sobre a saúde do nosso candidato, outras sobre uma suposta lista de nomeações de auxiliares para a prefeitura de Goiânia. Todas são montagens grosseiras e mentirosas, com o objetivo deliberado de prejudicar a coligação”, afirma o advogado Colemar Moura, que conta que já está preparando as medidas necessárias.
“Para nós está muito claro que isto não é algo espontâneo, é uma ação orquestrada. Portanto estamos juntando todas as evidências que temos e vamos levar à Justiça Eleitoral, para que esta acione a Polícia Federal e o Ministério Público Eleitoral, com o objetivo de descobrir a autoria destas fake news, que configuram crime”, destaca o advogado da coligação Pra Goiânia Seguir em Frente.
Na planilha que tem circulado nas redes sociais e é falsamente atribuída à equipe do MDB, aparece o nome de alguns apoiadores com indicação de cargos que viriam a ocupar. A vereadora eleita Aava Santiago (PSDB) é uma das mencionadas no documento. Em mensagem nas redes sociais, ela repudiou o ato, desmentiu a ilação e ainda indicou erros grotescos na construção da fake news, alegando que sinal de falta de inteligência de quem a produziu. “O único acordo que eu fiz (com a coligação) foi de criar uma agenda coletiva construída com meu time para o interesse público”. A vereadora eleita se refere a duas propostas levadas à equipe de campanha do MDB para serem inseridas no programa de governo: criação de uma rede de fortalecimento econômico para mães e a rede de saúde mental para amparar profissionais da educação.
Aava também fez um alerta aos seguidores de que a lista veiculada pode ter sido feito por qualquer pessoa e que ela contém erros grotescos, como indicação partidária incorreta de um deputado do próprio MDB e informação equivocada sobre a ilegalidade de parlamentares assumirem funções em autarquias. “Vereadores, deputados e senadores não podem assumir cargos indiretos, em autarquias, agências, sem renunciar o mandato. Como vereadora, eu não posso assumir agência, a não ser que eu renuncie ao meu mandato. E não vou renunciar, porque esse tipo de gente mesquinha, mentirosa, incompetente, preguiçosa até para construir fake news, eu quero enfrentar na tribuna”, enfatizou Aava Santiago.
O coordenador-geral da campanha, Agenor Mariano repudia as ações e lembrou que desde o primeiro turno a campanha sofre com ataques e inverdades sobre alianças partidárias e sobre o estado de saúde do candidato, que vem sendo divulgado diariamente por meio de boletins emitidos pelo hospital Albert Einstein. “Quem recorre ao jogo sujo da mentira e da manipulação só demonstra o pouco apreço que tem pelo processo democrático e que é capaz de fazer tudo pelo poder. Nós vamos continuar a fazer uma campanha limpa, focada em discutir propostas para Goiânia, com a confiança de que o eleitor saberá, no próximo domingo, reconhecer quem é o candidato preparado para governar Goiânia nos próximos quatro anos”, frisou Agenor.
Primeiro turno
Ainda na véspera do primeiro turno, a coligação liderada pelo MDB foi atacada pela distribuição de panfleto apócrifo com informações falsas. Na ocasião, a Justiça Eleitoral atendeu ao pedido da coligação e determinou busca e apreensão de material gráfico ilegal que associa falsamente a imagem do candidato a prefeito de Goiânia pelo MDB, Maguito Vilela, ao ex-governador Marconi Perillo (PSDB).
Na decisão do dia 14 de outubro, o juiz Jesseir Coelho de Alcântara ordenou diligência nos locais de votação da região Noroeste da capital para a retenção do material, bem como o recolhimento em outros locais com o apoio de forças policiais.
No dia 19 de novembro, a coligação protocolou ontem junto à Polícia Judiciária Eleitoral (Polícia Federal) pedido para investigar a produção e divulgação nas redes sociais de fake news sobre a saúde de Maguito, com áudios e manipulação de imagens. A defesa da campanha relatou que as informações falsas começaram a circular na internet após o resultado do primeiro turno. O inquérito tramita em segredo de justiça para não atrapalhar a apuração dos fatos.