Um Projeto de Lei (PL) em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) prevê que berçários sejam instalados nas universidades públicas e privadas do estado de Goiás.
O PL n°3115/20 é de autoria do deputado estadual Diego Sorgatto (DEM) e aguarda análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação. Se aprovado pela comissão, em agosto, quando do retorno dos trabalhos legislativos, o texto segue para votação em Plenário.
Como Justificativa para seu projeto, o deputado utilizou pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o qual diz que apenas uma entre cada dez mulheres, com idade de 15 a 29 anos, que tenham filhos, retoma os estudos.
O que diz o autor do Projeto de Lei sobre a necessidade de berçários nas universidades de Goiás
Para Sorgatto, o fato de mães, que estão cursando o ensino superior, não poderem deixar seus filhos em algum lugar seguro enquanto estudam impede que essas mães consigam se inserir adequadamente no mercado de trabalho. “É de comum conhecimento que muitos casais engravidam ou se vêem responsáveis por alguma criança, no período em que cursam o ensino superior, e acabam se deparando com a dificuldade dos cuidados infantis frente aos estudos. Muitas dessas mães e pais não têm com quem deixar os filhos, o que afeta diretamente os estudos e, consequentemente, a inserção no mercado de trabalho”, afirmou ao Portal da Alego.
Apesar das creches públicas disponíveis, muitas mães não conseguem a matrícula e, por isso, abrem mão de oportunidades importantes em sua vida, diz o deputado. “O grau de educação que o indivíduo possui é fundamental para sua vida e para os papéis que venha a desempenhar enquanto ser social, nos campos de convívio social, profissional, familiar, no cumprimento de seus direitos e deveres e de participação política”, aponta a importância do que alguns sociólogos chamam de capital cultural.