Foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (2/7), pelo Ministério Público e a Polícia Civil do Distrito Federal, a Operação Falso Negativo, para apurar irregularidades na compra de testes para a covid-19 pelo governo do DF. Além da capital federal, são cumpridos mandados de busca e apreensão em Goiás, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. No entanto, o Governo de Goiás não é alvo da ação.
Por nota, gestão estadual explica que o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MP Goiás contribui para o cumprimento de mandado de busca e apreensão em laboratórios localizados em Goiânia e Formosa.
Governo de Goiás reforça que não houve compra de testes rápidos para covid-19 por parte da SES-GO
Além disso, o governo de Goiás reforça que “em momento algum houve compra de testes rápidos por parte da Secretaria de Estado da Saúde, que detectou baixa qualidade dos testes enviados inicialmente para amostras, além do que recebeu 225 mil destes testes comprados pelo Ministério da Saúde.”
Leia na íntegra:
O Governo de Goiás informa que não é alvo da operação Falso Negativo que está sendo realizada na manhã desta quinta-feira (2/7) pela Polícia Civil do Distrito Federal, e que conta com apoio do Gaeco do Ministério Público de Goiás na realização de cumprimento de mandado de busca e apreensão em laboratórios localizados em Goiânia e Formosa.
Desde o início da Pandemia no Estado, em momento algum houve compra de testes rápidos por parte da Secretaria de Estado da Saúde, que detectou baixa qualidade dos testes enviados inicialmente para amostras, além do que recebeu 225 mil destes testes comprados pelo Ministério da Saúde.
Ressalte-se que, prezando pela transparência de suas compras, a SES criou o Comitê Intersecretarial, que é formado por representantes da própria Secretaria da Saúde, da Controladoria-Geral do Estado (CGE), da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-GO), da Goinfra, e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), que cuida da lisura de todos os processos.
Operação contra fraude na compra de testes para covid-19
De acordo com as investigações dos órgãos do DF, existem fortes indícios de superfaturamento na compra dos testes e ainda evidência de que as marcas compradas “seriam imprestáveis para a detecção eficiente do novo coronavírus ou de baixa qualidade na detecção” do novo coronavírus.
A Operação Falso Negativo, segundo o MP-DFT, mira em contratos que ultrapassam R$ 73 milhões e foram fechados por meio de dispensa de licitação. Ao todo, são cumpridos 74 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Estadual.
Nota do governo do Distrito Federal:
“Todos os testes comprados, recebidos através de doações ou enviados pelo Ministério da Saúde tem o certificado da Anvisa e portanto foram testados e aprovados pelo órgão Federal.
Quanto aos preços, representam os valores praticados no mercado e as compras foram efetuadas avaliando as marcas apresentadas, os certificados de qualidade e os menores preços apresentados pelas empresas nas propostas.”