O fechamento de empresas goianas durante a pandemia do novo coronavírus já ocasionou queda média de 80% no faturamento de 70% delas, aponta pesquisa do Instituto Grupom. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (21/5), pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg).
De acordo com o levantamento, para 35,3% das empresas goianas, a queda no caixa varia de 80% a 98%. Para 34,8%, as perdas foram de 99% ou mais. Ao todo, conforme a pesquisa, a queda média do faturamento foi de 80% e 70,01% dos estabelecimentos em Goiás foram afetados.
Empresas goianas, com queda no faturamento, temem reabertura nos próximos 90 dias
Foram ouvidos pelo Instituto Grupom 1.955 empresários ou executivos de empresas de diversos ramos entre abril e o início de maio. A pesquisa terá mais duas etapas, já em andamento, para medir como os serviços de e-commerce e delivery estão funcionando no mercado e como o teletrabalho está sendo ou será implantado pelas empresas.
Perguntados sobre a possibilidade de reabrir o negócio nos próximos 90 dias, 39,2% responderam que dificilmente vão conseguir ou que precisarão de um tempo para a reabertura. Com medo de maior prejuízo, outros 12,7% responderam que só vão reabrir os estabelecimentos se tiverem clientes e demanda.
O levantamento identificou ainda que 50,4% das empresas goianas tiveram as atividades completamente suspensas por conta das medidas de restrição, para combater a propagação do coronavírus, causador da covid-19. Ainda conforme a pesquisa, 42,7% dos empresários estão muito preocupados com a situação e 62,9% são parcialmente favoráveis às medidas de isolamento social.
Queda na produção industrial goiana
No último dia 14, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma pesquisa que mostra que a produção industrial goiana caiu 2,8% em março quando comparada com o mês de fevereiro deste ano, sendo a primeira queda no ano. Na comparação com março de 2019, a redução foi de 1,2%, sendo a quarta consecutiva. No acumulado do ano, a queda foi de 1,2%.
Quando comparados março deste ano com o mesmo mês do ano passado, as principais variações negativas foram observadas na fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-22,4%); seguido pelo setor de metalurgia (-21,8%), sendo o pior março para a atividade desde 2012; e pela fabricação de produtos de minerais não-metálicos (-9,7%).