A queda de arrecadação provocada nos Estados pela pandemia do Sars-CoV-2 tem feito com que os governos se preocupem em como farão para quitar a folha do funcionalismo público, e em Goiás não é diferente. A secretária da Economia de Goiás, Cristiane Schmidt, admitiu que o Estado deverá precisar de ajuda federal para pagar a folha de junho, e que o orçamento de Goiás está numa “situação extremamente complicada”.
A titular da pasta da Economia revelou que talvez poderá fechar a folha de maio sem o dinheiro da União, mas que está “torcendo para a queda [de receita] não ser tão drástica neste mês”.
Schmidt avisou que precisará da ajuda financeira do governo federal, e mencionou que outros Estados como Minas Gerais e Rio Grande do Sul que já “falaram que não conseguem pagar a folha neste mês”.
O Estado de Goiás deve receber quatro parcelas de R$ 285 milhões do projeto de socorro a Estados e municípios aprovado no dia 6 de maio pelo Congresso Nacional. O texto aguarda sanção do presidente Jair Bolsonaro.
Jornal de circulação nacional havia revelado arrocho do Estado de Goiás para pagar a folha
Segundo o jornal Folha de São Paulo em matéria do dia 27/4, o Governo de Goiás previu dificuldades para o pagamento da folha a partir deste mês de maio. Na ocasião, o veículo adiantou que os salários de abril seriam pagos em dia, até o fim do mês (o que, de fato, aconteceu), “graças ao corte de despesas na máquina pública, alinhado com os demais Poderes”.
Entretanto, ainda conforme a Folha, a partir deste mês, “com impactos já registrados como a queda na emissão de nota fiscal de cerca de 30% e inadimplência dos acordos de parcelamento, que passou de 4% para 32%”, o governo de Goiás estimava séries dificuldades para pagar o servidor público.