Luiz Henrique Mandetta foi demitido do Ministério da Saúde na tarde desta quinta-feira (16/4), pelo Presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido). O anúncio foi feito pelo próprio Mandetta, em suas redes sociais. A saída vem em meio a maior crise da saúde do últimos anos, a pandemia de coronavírus.
Leia as publicações feitas no Twitter na integra:
“Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde. Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o grande desafio que o nosso sistema de saúde está por enfrentar. Agradeço a toda a equipe que esteve comigo no MS e desejo êxito ao meu sucessor no cargo de ministro da Saúde. Rogo a Deus e a Nossa Senhora Aparecida que abençoem muito o nosso país.”
Mandetta à frente do Ministério da Saúde
Mandetta estava à frente do Ministério da Saúde desde o inicio do mandato presidencial de Jair Bolsonaro, em janeiro de 2019. Ele ganhou destaque nacional após o inicio da pandemia de coronavírus no Brasil.
Além disso, nas últimas semanas, o ex-ministro e o presidente tiveram vários atritos. Os conflitos foram gerados pela diferença nos pensamentos e formas de se posicionar frente a pandemia.
A saída do ministro acontece em meio a pandemia, que ainda não atingiu o pico e, possivelmente, tende a piorar nas próximas semanas.
Mandetta descarta aceitar convite de Caiado para Secretaria
Em entrevista dada à revista Veja na última quarta-feira (15/4), Mandetta descartou a possibilidade de aceitar o convite do governador Ronaldo Caiado para ser o secretário de Saúde de Goiás. Ele já desconfiava que seria destituído de seu cargo atual antes do fim de semana. O ministro adiantou que pode “ajudar informalmente”, mas não tem pretensão de aceitar a Secretaria.
Por fim, a entrevista foi dada em tom de despedida. Mandetta admitiu divergências com o presidente da República. Além disso, a revista perguntou ao ministro se ele iria para o governo de Goiás, com o governador Ronaldo Caiado, ao que ele rejeitou categoricamente. “Não, não. Não tem nada disso. Eu posso ajudar lá informalmente, como posso ajudar qualquer outro governo ou prefeitura”, disse.