Em uma decisão judicial assinada pela desembargadora Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira na última quarta-feira (20/2) e divulgada nesta sexta-feira (21/2), foi determinado o afastamento de Cristóvão Tormin, do PSD, do cargo de prefeito de Luziânia. A decisão estaria ligada às várias denúncias de assédio sexual contra Tormin, e que já vinham sendo investigadas pelo Ministério Público de Goiás.
Segundo a assessoria da presidência da Câmara Municipal de Luziânia, município do Entorno de Brasília, o presidente da Casa, Felipe Medeiros, já foi notificado da decisão judicial e a vice-prefeita Edna Pereira já foi empossada. A assessoria da prefeitura também confirmou o afastamento de Tormin, que já não se encontrava no órgão executivo.
O afastamento do prefeito se dará pelo prazo de 120 dias, sem prejuízo do pagamento das remunerações. Tormin é denunciado em 16 ações por assédio sexual e foi acionado pelo Ministério Público por nepotismo, improbidade administrativa e contratação de servido fantasma.
No ano passado, prefeito de Luziânia se manifestou sobre denúncias de assédio sexual
Em outubro de 2019, em entrevista a uma TV local, o prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin, se defendeu das acusações de assédio sexual contra servidoras, que estavam sendo apuradas pelo Ministério Público. Na época, Tormin afirmou que “as denúncias têm motivação política” e que é alvo de uma “grande armação”.
O prefeito afastado chegou a dizer, na ocasião, que estaria sofrendo “ataques caluniosos” e que eles estariam “passando dos limites”. “Deixarei para os poderes, tanto da Justiça, quando o Ministério Público e a Polícia Civil, para averiguarem toda essa questão e tenho certeza que até o final tudo será esclarecido e essas acusações, essa grande armação será desvendada e as pessoas serão punidas”, afirmou na época das investigações.
A reportagem do Dia Online segue tentando contato com o prefeito afastado. O presidente da Câmara Municipal de Luziânia ainda não comentou o caso.