Abadiânia enfrenta uma crise de desemprego e para melhorar este cenário o Governo de Goiás anunciou que a implantação de indústrias para ajudar a combater o problema na região.
Esta onda de desemprego começou desde que o médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus foi preso em 16 de dezembro de 2018.
De acordo com o Governo do Estado de Goiás, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (CODEGO), nesta semana foi anunciada a chegada de uma nova fábrica no Distrito Agroindustrial no município de Abadiânia.
Ainda segundo informações do governo, as obras para instalação da empresa de alimentos Kicaldo já foram iniciadas em área de 11,7 mil metros quadrados (m²). Com esta implantação, 80 postos diretos de trabalho serão gerados.
Kicaldo será a primeira indústria que se instala na cidade depois do escândalo envolvendo o líder religioso.
Além desta primeira indústria, outros dois empreendimentos, sendo uma de polpa de açaí e outra de sanitização, já ingressaram com a documentação para solicitar áreas em Abadiânia. Juntas, as três empresas devem gerar 300 novos empregos.
Segundo o presidente da CODEGO, Marcos Cabral, “estamos cumprindo uma determinação do governador Ronaldo Caiado e da primeira-dama Gracinha Caiado, do Gabinete de Políticas Sociais, para trazer desenvolvimento para Abadiânia e a região do Entorno do Distrito Federal. Temos trabalhado diuturnamente para trazer oportunidades de emprego e geração de renda para os goianos”.
Porém, mesmo com a implantação das três indústrias a cidade ainda sofre com o desaparecimento de 2,5 mil empregos, muitos deles ligados ao turismo religioso.
Crise de desemprego em Abadiânia começou após a prisão do médium João de Deus
Desde as primeiras denúncias contra o médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, a cidade de Abadiânia sofre com uma crise de desemprego.
De acordo com o prefeito de Abadiânia, José Aparecido Alves Diniz (PSD), ao menos 150 funcionários de pousadas e hotéis foram demitidos nos primeiros dias após a prisão do médium.
A Casa Dom Inácio movimentava toda a cidade e comércios implantados na região. Ainda segundo o prefeito, o centro espirita gerava aproximadamente 1,2 mil postos de trabalho no município.