Durante uma operação deflagrada nesta terça-feira (19/11) contra fraudes em serviço de certificação do Corpo de Bombeiros de Goiás, cinco empresários foram presos.
De acordo com o que foi apurado, um dos pagamentos feito para obter o certificado sem o cumprimento adequado das normas foi de R$ 500 mil reais.
Segundo o promotor de Justiça, Giuliano de Lima, o grupo, formado por bombeiros militares, inclusive por membros do alto comando da corporação e empresários, burlavam a legislação e as normas para emissão de Certificados de Conformidades (Cercons) para empresas.
Entre os militares envolvidos, que não tiveram prisões decretadas pela Justiça Militar, estão dois coronéis, um tenente-coronel, um major, um capitão e um subtenente.
A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás (MP-GO), com apoio da Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO).
Na ocasião foram cumpridos cinco mandados de prisão temporária contra empresários envolvidos em um esquema de facilitação na certificação de segurança contra incêndio e pânico emitida pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBM-GO).
Além disso, também foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em empresas, residências e instalações militares.
Com a fraude, as empresas beneficiadas não precisavam cumprir normas e protocolos de segurança.
Segundo investigação, somente na Rua 44, em Goiânia, 145 empresas participaram da fraude em serviço de certificação do CBM-GO
De acordo com a investigação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás (MP-GO), somente na Rua 44, em Goiânia, 145 empresas participaram da fraude em serviço de certificação.
Também foi descoberto que grandes empresas fizeram parte do esquema criminoso, como por exemplo Shoppings que tiveram facilidades para emissão e renovação de Cercons.
Além disso, durante a investigação outros crimes foram descobertos, como a aquisição de bens utilizados para publicidade e marketing em eventos promovidos pelo Corpo de Bombeiros em Goiânia e interior de Goiás.
Falsas empresas
Ainda de acordo com o que foi apurado na operação, empresas foram criadas para facilitar a obtenção dos Cercons.
Os valores obtidos por essas empresas, segundo o promotor de justiça, variavam de acordo com cada empreendimento. Um desses pagamentos chegou a R$ 500 mil.
O pagamento era feito em espécie, por intermédio de transferências bancárias, construção de academias e outros tipos de empreendimentos e pagamento de viagens internacionais.
Envolvidos
Além dos empresários, entre os militares envolvidos, que não tiveram prisões decretadas pela Justiça Militar, estão dois coronéis, um tenente-coronel, um major, um capitão e um subtenente.
O Ministério Público deve denunciar os envolvidos por corrupção passiva, concussão e lavagem de dinheiro.