Com a confirmação de saída da legenda por parte do presidente da República Jair Bolsonaro, dois dos três deputados do PSL em Goiás sinalizaram que vão acompanhar o chefe do Executivo e abandonar o partido. Em entrevista a um veículo local, Paulo Trabalho e Humberto Teófilo confirmaram que a tendência é não continuar na sigla pela qual o presidente se elegeu.
De saída do PSL, Bolsonaro já anunciou a criação de um novo partido, o Aliança pelo Brasil, de essência conservadora e com perfil integral de apoio a ele. À Rádio sagres, o deputado Paulo Trabalho declarou que é um dos que pretendem seguir o presidente. “Meu posicionamento é acompanhar o presidente da república, fui eleito junto ele, acredito no projeto, está correspondendo com as nossas expectativas e eu não quero e nem posso, o meu eleitor em sua grande maioria é idêntico o meu perfil, que é de direita, conservador, defensor dos princípios do cidadão de bem e da família”, disse.
Humberto Teófilo é outro que não deve ficar por muito tempo no PSL. Segundo ele, seu público é de maioria de extrema-direita e a vontade dessa maioria deve ser respeitada, indicando que ele seguirá os passos de Bolsonaro. “Não tem nada definido ainda, mas a minha bandeira continuará sendo a mesma, sempre defendendo Bolsonaro, como eu faço insistentemente nas minhas redes sociais, até porque o meu público é maioria da extrema-direita, então eu tenho que respeitar e seguir aqueles que votaram em mim”.
Já o deputado Major Araújo adiantou que continua sendo apoiador assíduo do presidente, mas que não pretende fazer a migração partidária. De acordo com o parlamentar, não há intenção de “ficar mudando de partido, seguindo o líder ou outra conveniência”.
A convenção do novo partido Aliança pelo Brasil, que contará com vários políticos que estão saindo do PSL, está prevista para o dia 21 de novembro.
Em evento do PSL em Goiás, vereador Lucas Kitão disse que, apesar da crise nacional, campo regional do partido estava “andando e ativo”
Em outubro deste ano, durante a posse dos membros do Conselho de Ética do PSL goiano no diretório regional, em Goiânia, o vereador Lucas Kitão falou em tom otimista sobre a sigla, apesar da crise nacional que se abateu sobre ela.
Para Kitão, a “ideia da direção é ativar as atividades partidárias e organizar o partido, indicando nomes para esses espaços que ainda não tinham sido preenchidos”. “É uma amostra que, apesar da crise nacional, em Goiás o partido funciona, está andando e ativo”, disse na ocasião.
Seguindo o exemplo do Major Araújo, Lucas Kitão, membro da Câmara Municipal de Goiânia, confirmou que também não sairá do PSL.