O vereador e presidente da Câmara Municipal de Formosa, Edmundo Nunes Dourado, foi preso na manhã desta quarta-feira (11/9), em operação deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) e pela Polícia Civil, contra crimes de associação criminosa e dispensa indevida de licitações no Legislativo municipal.
Além de Edmundo, o controlador interno da Casa, Humberto Serafim Mendonça, também foi detido. Ao todo, são cumpridos dois mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão contra denunciados. De acordo com o MP, buscas já foram realizadas nas casas dos presos e também nas residências de um casal ligado à empresa Max Distribuidor, onde também foi cumprida busca e apreensão.
Os mandados, cumpridos no âmbito da Operação Número Sete, foram expedidos pelo juiz Fernando Oliveira Samuel, da 2ª Vara Criminal de Formosa. Outras cinco pessoas também respondem à ação penal ajuizada. O Dia Online tenta contato com todos os envolvidos. O Portal reforça que o espaço está aberto para posicionamento.
Operação investiga associação criminosa e dispensa indevida de licitações, em Formosa
Segundo as investigações, nos anos de 2016, 2018 e 2019, quando a presidência da Câmara foi assumida pelo vereador Edmundo Dourado, ele se aproveitou da condição de presidente e ordenador de despesa para adquirir diretamente nos estabelecimentos de propriedade dos denunciados, produtos e mercadorias sem a realização do indispensável procedimento licitatório, favorecendo amigos e pessoas do mesmo grupo social.
A decisão determinou também, além das prisões e buscas, o bloqueio de bens dos acusados “para assegurar o ressarcimento dos prejuízos ocasionados aos cofres públicos.” A operação tem a coordenação dos promotores de Justiça Fernanda Balbinot e Douglas Chegury, e conta com o auxílio dos delegados de Polícia Civil Danilo Meneses e José Antônio Machado Sena.
Além da responsabilização criminal, que prevê penas de até oito anos de prisão, os envolvidos responderão também por improbidade administrativa, que prevê suspensão de direitos políticos, perda do cargo e proibição de contratação com o poder público, assim como reparação dos prejuízos e pagamento de multa.