O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), disse nesta segunda-feira, 8, ao chegar à residência do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que a sigla dele não irá apresentar destaques durante a votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara.
“O PSL não tem destaque, não teve na Comissão (especial) e não terá em Plenário”, disse Waldir, afirmando ainda que o PSL, partido do presidente da República, já fez “sacrifícios”.
“Inclusive sou delegado de policia e votei pela defesa do País”, disse, ao ser perguntado sobre a situação dos policiais, e se seria possível haver uma “solução intermediária” em que não haja reapresentação de destaque na plenário sobre o tema.
“Com certeza, existe a possibilidade de diálogo, penso que não é difícil, é um pequeno detalhe, pequena diferença, sem criar privilégios… pensar no País, neste momento todo mundo tem que trazer sacrifícios”, respondeu. “O fiador da reforma é o Rodrigo Maia, o que ele pedir, o PSL faz”, disse também sobre o quórum necessário nesta segunda-feira para que a reforma entre na ordem do dia na terça-feira.
Ao ser questionado sobre o que seria possível fazer sem que um destaque seja apresentado, o líder do PSL na Câmara citou as emendas aglutinativas (que visa a fundir textos de outras emendas) e as emendas supressivas, mas destacou que o partido não pensa em nenhuma mudança.
“O PSL não pensa em nenhuma mudança, o PSL é o governo, é o partido fiel, é onde inclusive um delegado votou sem manter qualquer diferença. o PSL é a base do governo, vota com Rodrigo Maia e com os partidos de centro”, disse.
Questionado ainda sobre uma eventual emenda supressiva que tiraria os policiais da reforma para que a categoria entrasse em outro projeto, o líder do PSL afirmou que não poderia falar “naquilo que não foi construído”. “Não posso falar naquilo que não foi construído, que está sendo mera hipótese ainda”, afirmou.
Também perguntado se pode haver “traição” dentro do partido na votação da reforma, o deputado respondeu que o “PSL não é problema”. “O PSL tem sido a solução até hoje, falam tanto do PSL, PSL só tem dado exemplo”, disse o líder, que deu uma resposta similar ao comentar a fala da líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), que mais cedo afirmou que a sigla não pode “emagrecer” a reforma. “O PSL é a solução”, disse Waldir.
Perguntado ainda sobre a contagem de votos no plenário, o deputado disse que a prática é ser “Mãe Dinah e adivinho”. “Contagem de voto é ser mãe Dinah e adivinho, aí tem uma presunção da quantidade de votos que tem, é só ver o porcentual que deu na comissão especial, e o que a gente deve ter no plenário”, disse.