A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou que 3.739.565 suínos já foram eliminados em países asiáticos por causa da contaminação com a peste suína africana (ASF, na sigla em inglês). O número representa um incremento de 100,9 mil animais em relação ao levantamento anterior da organização, feito em 14 de junho. Os dados da organização foram contabilizados até 20 de junho. Segundo a FAO, o balanço da entidade compila informações extraídas dos órgãos federais dos países.
A revisão para cima no volume de animais descartados em virtude da infecção com o vírus deve-se principalmente à elevação no número de casos identificados no Vietnã, que passou de 2,5 milhões de suínos para 2,6 milhões de suínos. No país, segundo o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural local, a epidemia atingiu mais duas províncias, totalizando 58 regiões afetadas pela doença desde 19 de fevereiro.
No levantamento agora divulgado, a FAO inclui a identificação do primeiro surto da doença no Laos, reportado pelo Ministério da Agricultura e Florestas do país na quinta-feira, 20. A epidemia atingiu a província de Salavane, totalizando sete focos e levando ao descarte de 973 animais.
A situação mais crítica, em termos de extensão, permanece sendo a da China, com 139 focos em 32 províncias, incluindo a região administrativa de Hong Kong. Desde a identificação do surto, em agosto do ano passado, 1,133 milhão de animais foram eliminados, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país.
A Coreia do Norte permanece com um foco da doença identificado, desde 23 de maio, afetando uma província e levando à eliminação de 77 animais. Quanto à Mongólia, desde o primeiro caso detectado em 15 de janeiro, 11 surtos foram notificados em seis províncias e em uma cidade, levando à eliminação de 3,1 mil animais. No Camboja, 2,4 mil animais foram descartados, com um foco detectado em uma província, em 2 de abril. Nesses países, os números se mantiveram em relação ao balanço anterior.
Os dados da FAO divergem das estimativas de mercado, por contabilizarem somente os números divulgados pelos órgãos oficiais de cada país.