Ao que tudo indica, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), não está muito satisfeito com o projeto de recuperação econômica dos estados brasileiros, o chamado Plano Mansueto. Em entrevista concedida na última sexta-feira (14/6), Caiado disse que a proposta do governo Bolsonaro é “cheia de exigências, mas sem objetividade alguma”.
A declaração do governador foi feita durante entrevista a um grupo de jornalistas do Clube de Repórteres Políticos de Goiás no Fala Goiás em Rede da Rádio Brasil Central AM e RBC FM. Caiado disse que está sendo insistente em Brasília, em busca de auxílio financeiro para Goiás, mas segundo ele, não houve retorno como esperado por parte do governo federal.
“Estou extremamente ativo em Brasília, já dissemos para o ministro [da Economia] Paulo Guedes, que fizemos nosso dever de casa, mas não tivemos a reciprocidade na data esperada, que era abril”, reclamou.
Caiado afirmou que colocou a proposta de destinar 30% dos recursos dos fundos constitucionais, como é o caso do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), para obras de investimentos nos Estados. Entretanto, estaria “havendo muita gritaria”. Essa nova linha de crédito, defendeu, contribuiria para diminuir as desigualdades regionais. “Tenho cobrado que falta objetividade do governo federal”, informou.
O Plano Mansueto, criticado por Caiado
A proposta econômica batizada de Plano Mansueto é um conjunto de regras e determinações com o fim de ajudar estados em crise financeira.
Os estados que aderirem ao plano poderão contrair novas dívidas de bancos públicos e privados e de organismos internacionais, com a garantia do governo federal, que será avalista e assumirá o pagamento das prestações em caso de calote. Com a garantia da União, fica mais fácil para os governadores conseguirem dinheiro emprestado.
Atualmente, estados com nota C não podem receber garantia do Tesouro para realizar novos empréstimos. Em troca, o governo federal exigirá contrapartidas dos estados que aderirem.