Suspeito de mandar incendiar o Fórum de Itapaci, no Centro do estado, o advogado Enes Borges de Mendonça foi preso na última terça-feira (21/5). Conforme publicação de um jornal local, o advogado e outras três pessoas foram responsáveis pelo crime, pois tinha intenção de destruir processos em que ele era indicado como suspeito de assassinato e ameaça.
O caso foi descoberto depois que um familiar do advogado, procurou a delegacia no último dia 7 para denunciar Enes. O delegado do caso, Matheus Melo afirmou que Enes tinha a intenção de destruir processos da comarca de Itapaci em que ele respondia por tentativa de homicídio, coação, desacato e ameaça.
O incêndio foi provocado em agosto de 2017. Na ocasião, duas salas do fórum foram atingidas pelo fogo. Conforme a publicação do periódico, o vigilante da instituição foi amarrado e deixado ao lado do prédio.
No momento do incêndio, um caminhão-pipa passava pela rua regando as plantas pela região e auxiliou no combate das chamas até a chegada do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO).
Advogado preso mandou colocar fogo no fórum de Itapaci para destruir provas contra ele, teve iniciativa frustrada
Apesar da tentativa de destruir os processos criminais contra ele, os documentos não foram atingidos pelo fogo durante o incêndio, embora outros processos tenham sido consumidos pelas chamas conforme o delegado do caso.
O genro de Enes, Paulo Henrique Braga também foi preso pela polícia, suspeito de participar do crime. De acordo com as investigações, além dos dois presos, um terceiro familiar que tem envolvimento no incêndio criminoso está foragido.
O quarto e último envolvido de acordo com a polícia, responsável por denunciar o caso, colabora com as investigações para poder elucidar o caso. Os envolvidos no incêndio criminoso no fórum da cidade vão responder por provocar incêndio, inutilização de documentos, roubo e tentativa de homicídio.
O Dia Online entrou em contato com a Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) em busca de um posicionamento do órgão sobre o caso. O presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB-GO, David Soares da Costa Júnior afirmou que ainda não foram notificados sobre a prisão do advogado, mas que a comissão vai acompanhar o ocorrido.