O advogado Calisto Abdala Neto, preso na manhã desta terça-feira na Operação Advocatus Diabolis, deflagrada pela Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), além de advogar para a facção PCC, atuava como líder e organizador de vários esquemas criminosos dentro da organização de São Paulo. O advogado preso hoje também era o responsável pela comunicação entre os envolvidos presos.
Conforme informações da Polícia Civil, a prisão preventiva do advogado ocorreu no município de Anápolis. Calisto Abdala Neto é investigado por ocupar posição de grande destaque dentro de uma estruturada e sofisticada facção criminosa de São Paulo especializada em diversas práticas criminosas, neste caso especialmente lavagem de dinheiro proveniente de roubos e receptações de caminhões.
Estão ligados a Abdala, de acordo com a Polícia Civil, os presos Pedro Joaquim Batista (diretor do núcleo do PCC em Goiás), Adão Noel Mazetto (diretor do núcleo do PCC em Mato Grosso) e Welton Ferreira Nunes Jr. (hacker do PCC em Goiás), além do foragido Alexandre Keller (diretor do núcleo do PCC em São Paulo).
Em Goiás, no que tange aos delitos praticados pelos faccionados, a facção foi completamente desarticulada com a prisão do advogado em destaque.
Advogado preso em Anápolis defendia membro de esquema de Carlinhos Cachoeira
Calisto Abdala Neto, preso hoje na Operação Advocatus Diabolis, atuou na defesa de Geovani Pereira da Silva, apontado como contador do grupo de Cachoeira. O contador Geovani Pereira da Silva, segundo o MPF, era responsável pela gestão financeira de uma organização criminosa chefiada por Carlinhos Cachoeira na exploração de jogos de azar.
Geovani foi condenado no processo da Operação Monte Carlo.
Errata: Ao contrário do informado na última matéria do Dia Online sobre o caso, e conforme esclarecido acima, o advogado Calisto Abdala Neto era advogado de Geovani Pereira da Silva, que integrava o esquema criminoso de Carlinhos Cachoeira, e não de Carlinhos.