A Vale conseguiu na Justiça autorização para retomar suas operações na mina de Brucutu. Na decisão, o desembargador Nelson Missias de Morais, do TJ-MG, destaca que o laudo da Barragem Sul, de Brucutu, se encontra em condições satisfatórias de segurança hidráulica e geotécnica e que a estrutura atende às recomendações quanto à passagem de cheias.
Conforme números da Vale para 2019, o maior impacto na produção, de 40 milhões de toneladas por ano, será na Mina de Feijão e nos complexos Vargem Grande e Fábrica. Outros 30 milhões de toneladas deveriam deixar de ser produzidos por ano com o fechamento da mina de Brucutu – paralisada no início de fevereiro.
Canetada
A retomada das operações fazia parte das demandas do setor siderúrgico junto ao governo federal. Em meio ao impasse na oferta de minério de ferro e pelotas, siderúrgicas temiam o desabastecimento.
Representantes do setor se reuniram com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, no começo da semana, para tratar do tema. Além da retomada de Brucutu, os empresários pediram a certificação de uma empresa internacional para avaliar barragens, de forma independente. A medida seria uma forma de evitar o que chamam de “canetada” de alguns órgãos sobre a Vale. A retomada do processo de pelotização em Vargem Grande também estava no debate. As ações da Vale fecharam em alta de 3,45%. Procurada, a empresa não concedeu entrevista.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.