O relatório de contas do Executivo Estadual referente ao exercício do ano de 2018 foi entregue nesta terça-feira (9/4) pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), ao presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Celmar Rech, em Goiânia. O documento contêm dados de todos os poderes e órgãos da administração direta e indireta, dividido em Gestão Orçamentária, Financeira, Patrimonial e Fiscal. Segundo os dados levantados pelo governo estadual, o déficit do orçamento chega a R$ 3,023 bilhões.
Conforme divulgado pelo governo estadual, o relatório apresentado hoje ao presidente do TCE, foi feito sem maquiagem e faz uma radiografia completa das finanças de Goiás. “Entregamos o documento para mostrar para as pessoas que não é preciso insistir na tese de que estamos falando de problemas, de crise, e estamos indignados com o fato de termos recebido o Estado na situação em que ele se encontra hoje”, explicou Caiado.
Durante coletiva ao entregar o relatório o governador comparou a situação com um paciente internado com pneumonia, pois “não posso simplesmente dizer para ele ir para casa, por que é apenas uma gripe”. O governador afirma que quem não cumpre com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) tem que pagar por crime de responsabilidade.
Déficit apontado pelo relatório de contas da gestão passada é de R$ 3,023 bilhões
Conforme o levantamento feito do orçamento referente ao ano passado, os números mostram um déficit de R$ 1,341 bilhão, com uma arrecadação de R$ 24,466 bilhões representando um aumento de 8,8% em comparação com 2017. Em despesas empenhadas foi registrado R$ 25,807 bilhões o que mostra um aumento de 13,24% em comparação com o ano anterior.
O relatório ao juntar os dados de arrecadação e gastos pela gestão anterior, mostra que existe um déficit de R$ 3,023 bilhões. Entre as despesas não empenhadas pelo governo passado estão R$ 1,248 bilhão do pagamento de pessoal e R$ 396 milhões de despesas de custeio e R$ 38 milhões de investimentos.
Segundo os dados divulgados pela atual gestão quando analisado a questão financeira do Estado do ano de 2018, os quais estão discriminados como restos a pagar, ou seja, despesas que foram empenhadas e liquidadas e que não foram pagas, o valor é de R$ 1,952 bilhão, que é equivalente ao mesmo valor registrado em 2017 com um total de R$ 1,75 bilhão.
Vale ressaltar que a gestão passada encerrou o ano com um crescimento de 1,26% em comparação com 2017, ao cumprir metas fiscais, com um total de R$ 21,298 bilhões, medido pelo indicador da receita, especificado pela LRF.