Ocorre na próxima quinta-feira (28/3), na Bolsa de Valores, em São Paulo, o leilão da Ferrovia Norte-Sul (FNS), evento considerado pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) como um marco para os goianos. “Vamos realizar um sonho de 35 anos ao colocar a Ferrovia Norte-Sul em funcionamento”, afirmou o gestor estadual durante reunião, nesta terça-feira (26/3), com deputados federais da bancada goiana no Congresso Nacional e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, na Câmara dos Deputados.
Ao menos duas concessionárias estão interessadas nas obras. O lance mínimo pela concessão é de R$ 1,4 bilhões e o investimento previsto, de R$ 2,7 bilhões. Quem arrematar, tem direito de operar em um trecho de 1.537 quilômetros. A estatal Valec, responsável por 90% das obras, feitas durante 30 anos, não teve mais direito à prorrogação do contrato.
Ferrovia Norte-Sul deve fortalecer a economia no estado
Para Caiado, não existe motivo para adiar o leilão, uma vez que o projeto já está em andamento há mais de 30 anos. Com a conclusão das obras, ele reforça ainda que, as regiões do Vale do Araguaia, do Norte e do Nordeste de Goiás passam a ter perspectiva de crescimento. “O grande problema hoje é o transporte. A falta dele. O grande limitador até da nossa agropecuária e da instalação de qualquer indústria nessas regiões”, explicou o governador.
Durante reunião, o governador afirmou ainda que a ferrovia “está virando uma obra inacabada”, mas que isso não será permitido. “Vamos deixar o trem passar para desenvolver nosso Estado”, disse. No estado, existe a expectativa de construir 300 quilômetros ligando Água Boa até Campinorte.
Projeto da Ferrovia Norte-Sul
A construção da FNS teve início em 1987, com objetivo de cortar os estados do Maranhão, Tocantins e Goiás. Inicialmente era prevista extensão de aproximadamente 1.550 quilômetros, de Açailândia, no Maeanhão, a Anápolis, Região Metropolitana de Goiânia.
em 2006, foi aprovado um projeto de ampliação da ferrovia, que incorporou um trecho mais ao norte, sendo agora de Açailândia até Barcarena, no Pará. Dois anos depois, a Lei nº 1.772 estendeu mais uma vez o traçado da ferrovia até a cidade paulista de Panorama.