O Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, parece não estar nada satisfeito com as políticas empregadas pelo governo Caiado e legislativo goiano em relação às industrias do estado. Na última sexta-feira (22/3), Mabel fez duras críticas às CPIs dos incentivos fiscais e da Celg, criadas pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), e à postura do governo estadual sobre a questão que, segundo ele, podem causar uma “desindustrialização” de Goiás.
As declarações do presidente da Fieg foram feitas no reunião do Conselho Deliberativo do Fomentar/Produzir, realizado ontem, sexta-feira, que também contou com a participação de representantes do governo do Estado e do setor produtivo.
Conforme Mabel, “é um terrorismo o que está sendo feito”. “Já estamos perdendo grandes indústrias para o Distrito Federal, Mato Grosso e Minas”, disse o presidente da Fieg, trazendo à tona seu posicionamento de que é preciso cuidado e responsabilidade em declarações dos integrantes do governo e de parlamentares da base, sob o risco de participarem da história da “desindustrialização de Goiás”.
Na reunião do Conselho Deliberativo do Fomentar/Produzir, o presidente da Fieg, Sandro Mabel, ainda chamou a atenção para a necessidade de políticas de incentivo.“Se não tivermos uma política de incentivo que mostre que Goiás quer as indústrias, vamos fazer parte da história da desindustrialização do Estado”, acrescentou.
Sandro Mabel questionou CPI da Enel
Sandro Mabel também questionou o objetivo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel, instalada pela Assembleia Legislativa, e conclamou os parlamentares goianos a rever o posicionamento. “Nós vamos reestatizar? Tem plano B? Não, não tem! Então isso não é jeito de tratar o Estado”, observou.
O presidente da Fieg foi firme ao alertar que as consequências podem ser severas à população goiana e que Goiás corre o risco de perder o novo ciclo de crescimento do País, devido à insegurança jurídica generalizada que foi instalada no Estado, afugentando a instalação de novas indústrias. “Daqui quatro, cinco anos, nossos jovens terão de se mudar, porque aqui não vai ter emprego. Os municípios dos deputados vão pagar caro por falta de emprego. Precisamos sobreviver para aproveitar esse momento de crescimento”, disse.